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Gilmar Ferreira

Gilmar Ferreira

Colunista

Gilmar Ferreira

O encaixe perfeito

| 06/06/2021, 11:45 11:45 h | Atualizado em 06/06/2021, 11:49

Carlos Alberto Parreira costuma dizer que o grande passo para a conquista do tetra, em julho de 1994, nos Estados Unidos, começou um ano antes, quando, às vésperas do confronto com a Venezuela, em Maracaibo, pelas Eliminatórias da Copa, decidiu apostar numa dupla de volantes que houvera visto em ação por alguns minutos em uma ou duas partidas anteriores.

Dunga e Mauro Silva ainda não haviam alinhado entre os titulares até aquela goleada por 5 a 1, fora de casa, após a primeira derrota para a Bolívia, em La Paz. Parreira diz que a Seleção achou o melhor formato e ganhou o equilíbrio que procurava.

Luiz Felipe Scolari estreou na Seleção com derrota de 1 a 0 para o Uruguai em julho de 2001, em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa de 2002, e teve problemas para estancar uma série de tropeços que já incomodava.

Só na terceira partida, contra o Peru, em Cáli, pela Copa América da Colômbia, foi que ele enxergou a necessidade de lançar um terceiro zagueiro, por trás da dupla de volantes, então formada por Gilberto Silva e Emerson. Juan entrou para jogar entre Roque Júnior e Cris, e a vitória por 2 a 0 deixou em Felipão a impressão de que deveria focar na forma, não apenas no conteúdo.

Talvez as experiências vividas por Parreira e Felipão no ano que antecedeu as duas últimas conquistas da Seleção sirvam para a reflexão de Tite. O time que o técnico prepara com vistas à Copa no Catar, em novembro de 2022, tem goleiros, zagueiros, volantes e atacantes de relativo destaque no futebol europeu. Mas seus laterais e meias são apenas ok, o que o obriga a pensar em novos formatos, como este 2-3-5 da vitória de 2 a 0 sobre o Equador: Danilo fecha a linha de três pela direita, ao lado dos volantes, e Alex Sandro alinha na ponta, com Richarlison, Paquetá, Gabriel Barbosa e Neymar.

A Seleção mudou a frequência a partir dos 19 minutos do segundo tempo, quando Gabriel Jesus entrou no lugar de Fred e Paquetá foi jogar como um segundo volante. Alex Sandro recuou um pouco, Richarlison passou para a esquerda e Jesus ocupou o lado direito, com Gabriel Barbosa e Neymar pelo meio. Paquetá melhorou a qualidade do passe na transição ofensiva, Neymar ganhou quem o ajudasse na distribuição do jogo e a Seleção foi outra nos 20 minutos finais. Tudo isso porque o ex-volante do Flamengo, hoje no Lyon, passou a ocupar uma faixa do campo hoje carente de lucidez e criatividade.

Não sei se Tite iniciará o jogo de terça-feira, contra o Paraguai, com a dupla Casemiro e Paquetá. Mas deveria, porque o meia do Lyon, bem encaixado como volante, pode fazer o bem que o rubro-negro Gerson (já vendido ao Marseille) faz ao Flamengo. Como o futebol brasileiro não produz mais meias como já foi um dia, este pode ser o encaixe que falta à Seleção de Tite.

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