Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

No Dia do Chorinho, ao mestre Pixinguinha com carinho

| 23/04/2020, 10:04 10:04 h | Atualizado em 23/04/2020, 10:06

Diz-se que o “pai do choro” foi Joaquim Callado Jr., um exímio flautista negro que organizou, na década de 1870, um grupo de músicos com o nome de “Choro do Callado”. Os historiadores concordam, em geral, que o chorinho brasileiro é um estilo peculiar de interpretar diversos gêneros musicais. No século XIX, muitos gêneros europeus como a polca, a valsa, o schottisches, a quadrilha, entre outros, eram tocados pelos chorões de maneira original.

Desse estilo de tocar consolidou-se o “gênero” do choro.

As rodas de choro geralmente acontecem em bares, ou até mesmo na casa dos músicos, e são como reuniões informais. Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim e Paulinho da Viola são alguns dos músicos de chorinho mais conhecidos no País.

Paulinho da Viola não é só um grande nome do samba, mas também o único ícone do choro, ainda entre nós. Foi o seu pai, o violonista Cesar Faria, quem o iniciou no gênero. E ele nunca deixou de compor e interpretar choros. É o gênero que mais o comove dentro da música popular brasileira, afirma. Diz: “Não vivo no passado, mas é o passado que vive em mim”.

Viajando na história da música instrumental brasileira, lembremos de Jacob do Bandolim (1918/1968), um dos grandes da nossa música. Poucos como Jacob, conseguiram tanto prestígio e reconhecimento fazendo música instrumental.

Jacob Pick Bittencourt, mais conhecido como Jacob do Bandolim, foi um dos maiores músicos de seu tempo. Um instrumentista genial, e foi também um grande compositor. Poucos sabem que era filho de capixaba, do farmacêutico Francisco Bittencourt com a polonesa Sara Raquel Pick, nasceu no Rio de Janeiro, na boêmia Lapa. Morreu aos 51 anos.

Por ser um gênero musical tipicamente carioca, o choro passou por inúmeras transformações fundamentais junto com a história do Brasil, dentre elas, a inquietação que se segue à Guerra do Paraguai (1864-1870), que levaria à abolição da escravidão, à instituição do regime republicano, as reformas urbanas e as transformações culturais.

O choro representa na sua essência o lirismo, a musicalidade, a criatividade, a diversidade e a ginga brasileira, esse universo musical é formador de grandes expoentes da música, sendo o primeiro gênero musical instrumental brasileiro. Mas, no dia nacional do choro, a homenagem fica por conta da comemoração do aniversário do mestre Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho – 1897/1973), em 23 de abril.

Ícone maior da música brasileira, e em especial do choro. Compositor, instrumentista, regente, arranjador e um dos pilares da moderna música popular brasileira. Com 11 anos já tocava cavaquinho, tinha ouvido excelente, todos gostavam de vê-lo tocar. Já despontava desde cedo o grande músico que se tornaria. Muitos o tratavam, e o tratam de São Pixinguinha, tamanhas a sua doçura e bondade, inigualável!

Manoel Goes Neto é presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha e diretor no IHGES.

SUGERIMOS PARA VOCÊ: