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Cidades

“Nem toda cura pode ser explicada pela Medicina”, diz cardiologista


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Imagem ilustrativa da imagem “Nem toda cura pode ser explicada pela Medicina”, diz cardiologista
"Passei a ver o paciente de forma diferente, a enxergá-lo como um todo. Não apenas um coração que dói”, diz Roque Marcos Savioli, cardiologista e escritor

Estudos indicam que a fé apresenta papel importante na recuperação de pacientes enfermos, que se mostram fortalecidos diante das adversidades no tratamento. Há casos de recuperações mais ágeis e até de cura que não podem ser explicados pela Medicina.

Com 47 anos de vivência médica, o cardiologista Roque Marcos Savioli acompanhou casos de pacientes que passaram por isso. Mas seu olhar se tornou mais atento após uma experiência pessoal de fé há cerca de 25 anos.

“Nesse momento passei a ver o paciente de forma diferente, a enxergá-lo como um todo. Não apenas um coração que dói, e sim como uma pessoa que tem um órgão que sofre”, recorda.

Em março deste ano, o médico publicou seu segundo livro com histórias de pacientes que vivenciaram recuperações sem explicações médicas.

Intitulado “20 Anos depois: Milagres que a medicina não contou”, a publicação traz novos relatos junto às histórias contadas no primeiro livro “Milagres que a medicina não contou”, lançado em 2001.

Ao acompanhar todos esses casos, Savioli buscou referências em pesquisas e estudos sobre o que poderia ter influenciado na melhora dos pacientes. Ele constatou que as pessoas que tinham fé, independente da religião, apresentavam melhor recuperação.

“Pude notar como a fé modifica a evolução das doenças. Mas médico sempre procura explicação para as coisas, então comecei a pesquisar a relação da fé com a cura. Existem vários estudos demonstrando que quem tem fé apresenta melhor recuperação”, afirma.

O cardiologista reforça que é importante respeitar a individualidade e as convicções pessoais do paciente. O acolhimento da fé acontece apenas se eles se abrirem para o médico nesse sentido.


SAIBA QUEM É


Roque Marcos Savioli

  • Formado em 1974 pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos.
  • Doutor em cardiologia pela Faculdade de Medicina da USP.
  • Médico assistente da Unidade de Cardiogeriatria do Instituto do Coração do Coração do HC-FMUSP.
  • Jornalista e escritor de best sellers no Brasil, na França, na Itália e na Espanha.
  • Membro da Academia Cristã de Letras.
  • Membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.

A Tribuna – Sempre esteve ciente da influência da fé na cura dos pacientes ou foi um caso específico que te despertou para isso?

Roque Marcos Savioli – Sou médico desde 1974 e trabalho no Instituto do Coração desde 1977, onde sou assistente da Unidade de Cardiogeriatria. Foi por volta de 1996 que eu e minha esposa tivemos um encontro pessoal com Deus, o que mudou a minha visão.

Digo que meu maior milagre foi a minha conversão. Eu conto sobre esse momento no meu livro “Milagres que a medicina não contou”, que, após mais de 500 mil cópias, lancei agora uma nova versão, o “20 anos depois: Milagres que a medicina não contou”.

O que mudou após esse momento?

Nesse momento, passei a ver o paciente de forma diferente, a enxergá-lo como um todo. Não apenas um coração que dói, e sim como uma pessoa que tem um órgão que sofre. Foi então que percebi que as pessoas que tinham fé se recuperavam mais rápido, porque toleravam mais as adversidades dos momentos que estavam passando.

Em 2001, eu escrevi meu primeiro livro com 12 histórias de pacientes que atendi, em que realmente vemos a mão de Deus na cura dessas pessoas. Agora refiz o livro contanto essas histórias, que são atemporais, e acrescentei coisas novas que aconteceram nesses últimos 20 anos.

Pode contar algum caso?

Um caso foi o do Silvio, que tinha de 45 anos, que passou por uma cirurgia cardíaca e não voltava no pós-operatório. Depois ele voltou e contou uma história de experiência que mudou a vida dele. Ele vivia preocupado com o trabalho e passou a dar mais valor à família dele.

Enquanto escrevia o livro, até o Silvio fez algumas anotações que me enviou por e-mail.

Chegou a alguma conclusão após essas experiências?

Começando a ver as experiências na época, pude notar como a fé modifica a evolução das doenças. Médico sempre procura explicação para as coisas, então comecei pesquisar a relação da fé com a cura. Existem vários estudos demonstrando que quem tem fé apresenta melhor recuperação.

Como não tem como medir se a pessoa é ou não espiritualizada, as escalas são baseadas em religiosidade. Se vai à missa, se reza... E o que se observa é que as pessoas que têm maior frequência em eventos religiosos evoluem de forma diferente e melhor.

Fiz um resumo de tudo que encontrei no meu livro “Fronteiras da ciência e da fé”.

Existem casos de cura que não podem ser explicados pela medicina?

Quando isso ocorre, na medicina, dizemos que existem situações inexplicáveis. Quem vai atribuir se tem milagre ou não é o Vaticano. Enquanto médico, não é nossa função atribuir a cura à fé.

Já acompanhou algum caso de pessoa que não tinha fé e que mudou após ter uma cura inexplicável?

Não. Geralmente notamos a melhor evolução em quem já tinha fé.

A fé é uma aliada no tratamento?

No consultório, as pessoas vêm para curar a parte física. No desenvolver do atendimento, após a consulta clínica, entro com o lado de espiritualidade, mas só se a pessoa aceitar. Faço a anamnese (questionamentos que o médico faz para conhecer o paciente e o quadro dele) espiritual.

Existe uma fronteira tênue entre falar de espiritualidade no consultório. Quando abordamos o paciente, a relação entre médico e paciente muda muito.

Primeiro pergunto se a pessoa tem fé e se acredita em algo. Se sim, qual a denominação. Depois se acha que a sua fé pode modificar a sua doença e então pergunto se quer lidar com isso comigo. Quando ela fala que sim, a relação fica aberta.

Mas não faço distinção religiosa e acredito que temos de respeitar a individualidade de cada pessoa.

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