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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Mundo não será mais o mesmo depois da pandemia

| 22/05/2020, 07:47 07:47 h | Atualizado em 22/05/2020, 07:53

Viveremos, no pós-pandemia do novo coronavírus, um “new normal”, ou seja, um novo normal. O mundo não será mais o mesmo. As nossas vidas não serão mais as mesmas. Mudanças que o mundo demoraria décadas para passar, e que a gente levaria muito tempo para realizar voluntariamente, estamos tendo que realizar de imediato, em questão de dias, de meses.

A pandemia é o marco da virada do século XX para o século XXI. Um acelerador de futuros, antecipando mudanças como o trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade e a cobrança, por parte da sociedade, para que as empresas sejam mais responsáveis do ponto de vista social.

Essa crise sanitária sem precedentes, da nossa geração, está promovendo o fortalecimento de valores esquecidos, tais como: empatia, solidariedade e mais humanidade, nas relações sociais.
Terá que ser questionado o atual modelo da sociedade baseado no consumismo e no lucro a qualquer custo.

Segundo as pesquisas, os efeitos do coronavírus deverão durar mais de 18 meses. Teremos inúmeras transformações que passarão necessariamente pela política, economia, modelos de negócios, relações sociais, cultura, psicologia social e a relação com a cidade e o espaço público, dentre outras coisas da nossa rotina diária.

A crise financeira instalada pela pandemia já está sendo um motivo importante para que todos nós façamos uma revisão dos nossos hábitos de consumo, onde o menos terá que ser o mais. Creio que consumir por consumir sairá de moda.

Vamos ter que rever este conceito de consumo. O capitalismo, no atual modelo, também terá que ser revisto, a maximização do lucro com incentivo ao consumo terá que dar lugar ao valor das pessoas. No impacto ambiental, a certeza de que o home office deixou de ser alternativa para ser uma necessidade.

E a cultura, como se comportará?! Como será o fazer cultural neste período de “novo normal”?! O isolamento social tem demonstrado novos caminhos e soluções. Apostamos em espetáculos e shows online. Lives estão sendo produzidas com grande sucesso.

Assim como também os museus e equipamentos culturais, com os tours virtuais.

Acredito na evolução desse comportamento, que os especialistas denominam de experiências culturais imersivas, que tentam conectar o real com o virtual a partir da utilização de tecnologias que já estão à disposição de todos, como a realidade aumentada e virtual, assistentes virtuais e inteligência artificial.

Os espaços públicos deverão ser reconfigurados, priorizando os cuidados com a saúde, bem-estar, e estímulo aos novos hábitos. Casas cheias e aglomeradas não poderão mais existir neste período de transição pós-pandemia.

Temos uma escolha a fazer: confrontar e questionar as atuais crenças promovendo mudanças significativas para o futuro ou assumir todos os riscos de um modelo que não se sustentará mais.

Manoel Goes Neto é presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Vila Velha.

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