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Cidades

Morte de adolescente que tomou vacina contra covid é investigada


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Uma adolescente de 16 anos morreu dias após tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19, em São Bernardo do Campo, em São Paulo. A morte ocorreu no dia 2 de setembro e está sendo investigada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.

Imagem ilustrativa da imagem Morte de adolescente que tomou vacina contra covid é investigada
|  Foto: Myriam Zilles/Pixabay

No dia 15, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Nacional recebeu do Cievs de São Paulo a informação de que havia um rumor em grupos de WhatsApp sobre um óbito que poderia ter relação com a aplicação do imunizante da Pfizer.

Como a jovem faleceu 8 dias depois de tomar a vacina, o protocolo é que seja feita uma apuração para identificar se a vacina teve ou não relação com a morte.

Até o momento, de acordo com as autoridades sanitárias, não há nenhuma comprovação nesse sentido.

Em nota, a Prefeitura de São Bernardo do Campo disse que notificou a Vigilância Epidemiológica assim que tomou conhecimento da morte da adolescente.

"A Prefeitura de São Bernardo do Campo esclarece que compete ao município a aplicação da vacina. Informa que, após ter conhecimento do falecimento da adolescente de 16 anos, ocorrido no Hospital e Maternidade Vida's, situado na cidade de São Paulo, realizou, prontamente, a notificação do caso à Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo para as devidas investigações. Mais informações da causa da morte o próprio em questão pode colaborar com toda a imprensa. Não há, até o momento, qualquer comprovação que relacione a vacinação da adolescente com sua morte. O município segue a diretriz do Plano Estadual de Imunização (PEI) e, desde 16/08, realiza a aplicação da vacina contra o Coronavírus no público adolescente (12 a 17 anos) com o imunizante da Pfizer.”

Também em nota, o governo de São Paulo chamou de irresponsável a disseminação de informação que traga medo aos adolescentes e familiares.

“É irresponsável a disseminação de qualquer informação que traga medo e insegurança aos adolescentes e familiares. Até o momento, não há comprovação de relação da vacina ao óbito de um jovem de São Bernardo do Campo.

O Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo está investigando o caso devido à relação temporal com a aplicação da vacina. Qualquer afirmação ainda é precoce e temerária.

A Secretaria de Estado da Saúde lamenta qualquer associação do caso isolado deste óbito que ainda não tem investigação concluída com a nota técnica informativa do Ministério da Saúde sobre a imunização dos adolescentes.”

Já a Anvisa informou que investiga o caso e que, até o momento, não há relação definida entre a vacina e a causa da morte.

"Anvisa investiga o caso da morte de uma adolescente referente de 16 anos após aplicação da vacina da Pfizer. A Agência foi informada em 15/09 que em 02/09 ocorreu uma reação adversa grave em uma adolescente após uso da vacina contra a Covid-19.

No momento, não há uma relação causal definida entre este caso e a administração da vacina.

Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal com a vacina.

A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina.


Além de estabelecer contato com as sociedades científicas, a fim de intensificar a identificação precoce dos casos de eventos adversos graves pós-vacinação de adolescentes, a Anvisa realizará reunião com a empresa Pfizer e os responsáveis pela investigação do caso no Estado e CIEVS Nacional para obter mais informações.

A Anvisa ressalta que todas as vacinas autorizadas e distribuídas no Brasil estão sendo monitoradas continuamente pela vigilância diária das notificações de suspeitas de eventos adversos.

Os dados gerados com o avançar do processo vacinal em larga escala são cuidadosamente analisados em conjunto como outras autoridades de saúde. Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos.

A vacina da Pfizer

A Anvisa aprovou a utilização da vacina da Pfizer para crianças e adolescentes entre 12 e 15 anos em 12 de junho de 2021. Para essa aprovação, foram apresentados estudos de fase 3, dados que demonstraram sua eficácia e segurança.

Para as conclusões sobre eficácia, foram considerados 1972 adolescentes vacinados. A eficácia da vacina observada foi de 100% para indivíduos sem evidência de infecção prévia por SARS-CoV-2, antes e durante o regime de vacinação, e 100% para aqueles com ou sem evidência de infecção prévia por SARS-CoV-2, antes e durante o regime de vacinação.

No que diz respeito à segurança e, mais especificamente, a eventos cardiovasculares, foram observados casos muito raros (16 casos para cada 1 milhão de vacinados) de miocardite e pericardite após vacinação. Os casos ocorreram com mais frequência em homens mais jovens, após a segunda dose da vacina e em até 14 dias após a vacinação. Foi observado que, geralmente, são casos leves e os indivíduos tendem a se recuperar dentro de um curto período após o tratamento padrão e repouso. Não houve relatos de casos de infarto. Os alertas sobre potenciais ocorrências de miocardites e pericardites foram incluídos em bula, após as ações de monitoramento realizadas pela Anvisa.

Com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações da bula aprovada, destacadamente, quanto à indicação de uso da vacina da Pfizer na população entre 12 e 17 anos."

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