Minhas impressões
Flamengo e Fluminense decidirão o título carioca, com Vasco e Botafogo se enfrentando na disputa da Taça Rio – não vale nada, mas troféu não se dispensa.
Tudo dentro dos conformes para um campeonato promovido às pressas, sem o dinheiro e a exposição que mantinham seu charme decadente. O bom foi que clubes como Volta Redonda, Portuguesa e Madureira, mesmo sem os recursos de anos passados, conseguiram exibir equipes competitivas.
Flamengo 4 x 1 Volta Redonda
O placar do confronto no Maracanã fechou o playoff em 7 a 1 (3 a 0 no primeiro jogo), tamanho que expressa a diferença entre as folhas salariais dos departamentos de futebol: um gasta R$ 16,5 milhões mensais, o outro R$ 210 mil.
Mas, no futebol extremamente tático dos dias de hoje, não é fácil fazer valer a superioridade técnica. E aí está o mérito do Flamengo de Rogério Ceni.
Porque chegar à final do Carioca talvez fosse obrigação. Mas obter êxito jogando boa parte do torneio com os reservas, recuperando o prestígio de alguns dos contratados a peso de ouro e apostando em jovens da base, não. Para o clube que investe nas grandes conquistas, o título do “Carioquinha”, se vier, terá simbologia histórica.
Fluminense 3 x 1 Portuguesa
Com apenas quatro dos onze jogadores que iniciaram a partida contra o Junior Barranquilla, na quinta-feira, pela Libertadores, Roger Machado teve dificuldades para fazer com que o Fluminense se impusesse. E a Portuguesa topou o duelo.
O trio Mauro Silva, Muniz e Chay encurtou os espaços no meio, com pegada e controle de bola, e os tricolores não tiveram velocidade para vencer as linhas. O empate parcial em 1 a 1 espelhou a falta de pressão de quem tinha a teórica obrigação de comandar o ritmo.
Mas Kayky entrou no intervalo e fez a diferença: deu assistência aos 10 minutos, após bela arrancada, e fez o 3 a 1 aos 21. Apesar dos 17 anos, é o dínamo na transição ofensiva, e será uma atração a mais nos Fla-Flus decisivos.
Vasco 2 x 1 Madureira
Marcelo Cabo ainda não conseguiu evitar que o Vasco deixe o campo sem sofrer ao menos um gol. São 16 sofridos em doze jogos, fator que o fragiliza.
Nova Iguaçu 0 x 1 Botafogo
O talento de Pedro Castro pôs o time de Marcelo Chamusca na disputa pela Taça Rio. O Botafogo, no entanto, segue carente de opções. Pouco tem a mostrar.