“Meu pai tinha um coração enorme”, diz filho de aposentado morto por Covid-19
Para evitar uma possível contaminação, familiares e amigos íntimos do aposentado usaram máscaras durante a cerimônia fúnebre.
O caixão também não pôde ser aberto, e os profissionais que trabalham no cemitério usaram roupas, luvas e máscaras especiais durante todo o sepultamento.
O filho do aposentado conversou com a reportagem de A Tribuna, antes do corpo do pai ser enterrado e, na condição de não se identificar, falou sobre os últimos momentos com ele.
A Tribuna – Quando seu pai começou a passar mal?
Filho do aposentado – No dia 18. Ele adoeceu dentro de casa. Não ia mais à igreja e parou de comer.
Quais os sintomas que ele sentiu?
Febre, tosse, estava com secreção e falta de ar.
Ele trabalhava?
Era aposentado e ajudava na igreja, durante o dia.
Ele tinha função na igreja?
Era diácono.
Como era a rotina dele?
Ele era caseiro. Só saía de casa para ir à igreja.
Ele teve contato com alguém que teve a doença?
Ele não viajou para lugar nenhum, mas ia em supermercados. De repente, ele pode ter colocado as mãos no carrinho de compras, não sei.
Sua família está adotando alguma medida?
Estamos todos ficando dentro de casa e não estamos saindo nas ruas. Só em casos de muita urgência.
Como era o seu pai?
Uma pessoa de um coração enorme, era caseiro.
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