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Saúde

Médica explica doença que fez sertaneja retirar o útero


No início deste mês, a cantora sertaneja Simone, que faz dupla com a irmã Simaria, compartilhou com o público que passou por uma cirurgia para remoção do útero apenas três meses após o nascimento da filha caçula Zaya.

Imagem ilustrativa da imagem Médica explica doença que fez sertaneja retirar o útero
Simone Mendes e o marido, Kaká Diniz |  Foto: Reprodução/Instagram

A medida foi adotada após dois meses de sangramentos constantes que não conseguia controlar com o uso de medicamentos.

Simone foi diagnosticada com adenomiose, doença caracterizada pela presença de tecido endometrial, que reveste o útero, no miométrio, como é chamada a camada muscular do órgão.

A condição é comum, especialmente entre mulheres que tiveram mais de dois filhos. Em cerca de um terço dos casos, não há manifestação de sintomas.

Em entrevista ao AT em Família, Ravena Cardoso Fischer, que é membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Espírito Santo (Sogoes), explicou que há tratamentos que possibilitam a preservação do útero para pacientes que ainda desejam gestar.

Ela esclareceu que a retirada do útero é indicada para mulheres que não apresentam melhora com tratamento clínico, cujos sintomas prejudicam a saúde, e para aquelas que já têm filhos e não desejam mais.

Imagem ilustrativa da imagem Médica explica doença que fez sertaneja retirar o útero
Ravena Fischer diz que, ao contrário de Simone, 35% das pacientes não têm sintomas |  Foto: Divulgação
AT em Família – A adenomiose sempre apresenta sintomas?

Ravena Cardoso Fischer – Não. Estima-se que 35% das pacientes são assintomáticas.

Quais fatores podem levar à manifestação dos sintomas?

O que leva os sintomas a se manifestarem se confunde com os próprios sintomas.

As contrações uterinas ao longo da vida provocadas por cólicas menstruais recorrentes podem gerar as dores pélvicas crônicas por exemplo; e o aumento do volume uterino devido à adenomiose torna mais aparente, além do sintoma de dor pélvica ou cólica, o de sangramento uterino anormal.

Como é feito o diagnóstico?

Através da evidência de lesões características desta patologia por meio de exames de imagem como ultrassonografia endovaginal, ressonância magnética, histerossalpingografia e histeroscopia.

Quais mulheres têm maior risco de desenvolver a doença?

Mulheres obesas, com fluxo menstrual aumentado, dor pélvica, cólica menstrual importante, que tiveram mais de dois filhos, história de abortamentos, trauma uterino cirúrgico, como cesariana e curetagem, e com hiperplasia endometrial.

A doença afeta a vida sexual da paciente?

Sim, a adenomiose pode afetar a vida sexual da mulher, já que um dos sintomas mais prevalentes entre as pacientes é a dor pélvica e a dispareunia, que é a dor no coito.

Em quais situações é recomendada a retirada do útero?

Esse é o tratamento definitivo para a doença. Geralmente é indicado para mulheres com falha ao tratamento clínico e que cursam com sinais e sintomas que trazem prejuízos à saúde; ou para as mulheres com prole constituída.

Qual a diferença entre adenomiose e endometriose? Existe relação entre as doenças?

Embora as duas patologias tenham o estrogênio como fator importante em sua fisiopatologia, elas são distintas. A endometriose é a presença de tecido endometrial fora do útero; já a adenomiose é caracterizada pela presença deste tecido na camada muscular do útero, o miométrio. Não há evidência forte de que a adenomiose tenha relação direta com a endometriose.


PERGUNTAS DOS LEITORES


Pacientes com adenomiose podem engravidar? Há risco para a gravidez?

Andréia de Azevedo, 31 anos, professora

Sim, pode ocorrer a gestação em pacientes que têm a adenomiose.

O maior risco nesse caso é a possibilidade de ocorrer a implantação anômala (diferente do normal) da placenta no útero e, consequentemente, o abortamento do bebê.

Como é o tratamento? Há alguma opção que não afete a fertilidade para mulheres que ainda desejam gestar?

Elena Coutinho, 32 anos, autônoma

O tratamento pode ser clínico hormonal ou cirúrgico.

No tratamento cirúrgico, existe a possibilidade da preservação do útero para as pacientes que desejam ainda ter filhos.

Em alguns casos, a retirada do útero é considerada.


SAIBA MAIS


Tratamento

  • O tratamento da doença pode ser por meio de hormônios ou por intervenção cirúrgica.
  • Há a possibilidade de cirurgia que preserve o útero para mulheres que ainda têm o desejo de gestar.
  • A retirada do útero é a solução definitiva, considerada quando sintomas resistem a outros tratamentos, afetam a saúde da paciente e ela já tem filhos.

FIQUE POR DENTRO


  • A adenomiose é uma patologia caracterizada pela presença de tecido endometrial, que reveste o útero, no miométrio, que é camada muscular do órgão.
  • Essa condição é diferente da endometriose, em que há presença de tecido endometrial fora do útero. Não existe comprovação de que as doenças sejam relacionadas.
  • Sangramento irregular ou volumoso e cólicas menstruais são alguns dos sintomas. Mas mais de um terço das pacientes são assintomáticas.
  • Mulheres com adenomiose ainda podem engravidar. Apesar da solução definitiva para o problema ser a remoção do útero, existem opções de tratamento hormonal ou cirúrgico em que o útero é preservado.

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