Mãe descobre sexo de bebê 2 meses após nascimento
Na véspera de Natal, a dona de casa Jessyka Gonoring, de 30 anos deu a luz, mas o sexo do bebê, uma menina, só foi descoberto dois meses após o nascimento.
A criança nasceu com uma má-formação na parede do intestino e com a bexiga exposta, e não era possível identificar o sexo, mesmo após o nascimento. Somente depois de um exame genético, a família soube que o bebê era uma menina. O resultado foi revelado na última quinta-feira (13).
No mesmo dia em que nasceu, a bebê foi transferida para o Hospital Infantil de Vila Velha. De acordo com o médico pediatra que acompanhou a criança, Lincoln Rohr, além da má-formação, a bebê nasceu sem o órgão genital feminino formado.
“Ela nasceu com Onfalocele, ou seja, com o intestino fora do abdômen, devido a um defeito no desenvolvimento dos músculos da parede abdominal. Além disso, também nasceu com extrofia de bexiga, que está exposta fora do corpo”, disse Lincoln.
O pediatra explicou que para descobrir o sexo da bebê foi necessário um exame, chamado de cariótipo. “É um exame genético, capaz de identificar e analisar os cromossomos da criança, se é XX (mulher) ou XY (homem).”
Durante o período de espera, o que restou para os pais foi a dúvida. Sem saber o sexo do bebê, não conseguiam nem dar um nome. “Foi angustiante, pensava que a culpa era minha, que eu tinha feito algo.
Ainda via as mamães arrumando os filhos com roupinhas azul e rosinha e meu bebê não tinha isso”, contou a mãe.
Para Jessika, o que deu forças para suportar o período de espera foi a fé. “ Sempre entregamos nas mãos de Deus, eu sei que ele só dar fardos que a gente pode suportar. No fim, transformei meu medo e angústia, em força.”
O pai da criança, o pedreiro Magrino Antônio Gonoring, 31, acreditava que a criança era um menino e tentou dar o próprio nome, mas no fim, a intuição da mãe venceu. “No fundo eu sabia que era uma menina. Sempre fazia carinho nela e chamava de minha princesa.”
A bebê, chamada de Emilly, passou por uma cirurgia para colocar uma bolsa de colostomia, mas vai precisar passar por outras cirurgias até a adolescência para reconstrução do intestino e a construção do órgão genital.
“Essa semana ela ganha alta e vamos esperar ela chegar a 1 ano de idade para começarmos as cirurgias. Se vai conseguir se recuperar e ter uma vida normal, vai depender de como vai ser a recuperação”, afirmou o pediatra.
Chá revelação
A equipe de enfermeiros que acompanha a criança desde o nascimento organizou um 'chá revelação' e para revelar qual era o sexo do bebê. Os pais descobriram que o neném é uma menina numa chuva de confetes cor de rosa. As roupinhas da pequena Emily também foram presentes da equipe de enfermagem da UTI Neo Natal do Hospital.
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