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Cidades

Lixo acumulado já causa risco de doenças nos bairros


Imagem ilustrativa da imagem Lixo acumulado já causa risco de doenças nos bairros
Sacos de Lixo em avenida de Jardim da Penha, Vitória: maior risco de leptospirose e dengue, entre outras doenças |  Foto: Leone Iglesias/AT - 27/11/2020

As montanhas de lixo nas ruas da Grande Vitória devido à greve dos motoristas, que completa hoje o sexto dia, já viraram ameaça para a saúde, como alertam médicos.

O lixo depositado nas ruas atrai ratos, baratas e insetos, o que pode trazer doenças, como leptospirose e dengue, entre outras.

A situação é preocupante: durante a paralisação, cerca de 10 mil toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas na Grande Vitória, segundo o Sindicato das Empresas de Limpeza Pública do Estado (Selures), tornando-se um desafio para prefeituras, que usam carros próprios para reduzir o acúmulo.

O infectologista Paulo Peçanha diz que o lixo acumulado pode provocar a presença de bactérias, fungos e vermes. “Com o lixo acumulado, no mínimo, esses micro-organismos vão ter muito mais condições de se multiplicarem e, com certeza, comprometer de forma significativa a saúde da população”.

As doenças mais frequentemente associadas, segundo ele, são as diarreias infecciosas e as verminoses, como ascaridíase e giárdia.

“Juntando lixo com chuva, a leptospirose pode ser um problema porque onde tem lixo, tem ratos. No lixo acumulado também podemos encontrar vidros, latas, vasilhas que coletam a água da chuva e levam à multiplicação do Aedes aegypti, que é o mosquito transmissor da dengue”.

Especialista em clínica médica, Samir Tuma diz que o acúmulo de lixo gera um agravante muito grande, pela transmissão de doenças.

“Em função do lixo, vai ter o acúmulo de insetos que podem contaminar água, alimentos e, com isso, haver uma disseminação de infecção bacteriana. As gastroenterites, geralmente, são as principais doenças provocadas por contaminação bacteriana proveniente de lixo”, citou.

Hospitais

O Selures protocolou ontem uma petição na Justiça do Trabalho denunciando acúmulo de lixo em alguns hospitais.

Em um dos trechos do documento, é citado que a paralisação dos serviços já está afetando a segurança e o funcionamento de clínicas, postos de saúde e hospitais.

O documento diz que, ontem, um dos principais hospitais da Serra pediu “socorro” para solução da situação. Em outro trecho, é citado que “o lixo acumulado na sua unidade está colocando em grave risco não apenas os pacientes, mas também os próprios funcionários do hospital”.


Saiba mais


Algumas doenças

Diarreias

  • Com o acúmulo de lixo, aumenta a presença de baratas e moscas, que são vetores de doenças. Elas podem pousar no lixo e, depois, nos alimentos que serão ingeridos pelas pessoas e provocar diarreias.

Leptospirose

  • É uma doença infecciosa, causada pela bactéria leptospira, que é encontrada, principalmente, na urina de ratos (que são atraídos pelo lixo).

Dengue

  • Em meio ao material espalhado nas ruas, há objetos que podem acumular água, o que contribui para a multiplicação do aedes aegypti, mosquito transmissorda dengue.

Vermes

  • Nas doenças associadas ao acúmulo de lixo e outros fatores, estão também os vermes, como ascaridíase e giárdia.

Hepatite

  • O lixo e a água suja também oferecem risco de hepatite A.

Orientação

  • Médicos orientam que, durante a greve, e na falta de recolhimento do lixo, a população evite depositar o material na rua.

  • Uma sugestão é embalar bem o lixo e deixá-lo em ambiente que não pegue sol até que a coleta possa ser feita sem comprometer a saúde.

Fonte: Médicos citados e pesquisa A Tribuna.


Cenas da sujeira


Imagem ilustrativa da imagem Lixo acumulado já causa risco de doenças nos bairros
Até o secretário tem auxiliado na coleta |  Foto: Divulgação

Em Vitória, caminhões são escoltados pela Guarda Municipal e Polícia Militar. A prefeitura conta com frota própria para recolher o lixo. Até o secretário da Central de Serviços, Marcos Aranda, tem auxiliado no trabalho.


Imagem ilustrativa da imagem Lixo acumulado já causa risco de doenças nos bairros
|  Foto: Leone Iglesias/AT - 27/11/2020

Com o lixo trazendo transtornos em vários locais da capital, como no Centro, o recolhimento com frota própria é feito até na madrugada. No fim de semana, os municípios farão a coleta de forma parcial, já que a greve continua.

Ministério Público investiga se houve excesso

O Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES) investiga uma denúncia recebida na quinta-feira, do Sindicato das Empresas de Limpeza Pública Urbana do Espírito Santo (Selures) contra o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado (Sindirodoviários).

O sindicato patronal alega condutas antissindicais, abusividade e ilegalidade por parte da categoria de trabalhadores, o que é negado pelo Sindirodoviários.

O órgão informou, por nota, que iniciará investigação para analisar as atitudes do Sindirodoviários durante a greve.

“O MPT-ES emitirá um parecer sobre a abusividade ou não da greve, assim como sobre as pretensões das partes. No entanto, vale ressaltar que o Poder Judiciário é órgão competente para fazer cumprir a liminar judicial, além de instruir e julgar o impasse”.


Entenda


Paralisação

  • O “estado de greve” teve início no dia 12 deste mês. Na última segunda-feira, motoristas que fazem a coleta do lixo urbano decidiram cruzar os braços e entraram em greve.

Reivindicações

O que eles pedem

  • Os motoristas reivindicam reajuste salarial de 4,77%, além da manutenção da data-base de reajuste para o mês de maio.

  • O salário Varia de R$ 2.176,22 e R$ 2.786,15 (motoristas de caçamba e compactador, respectivamente), fora gratificação de R$ 266,95.

  • O tíquete-alimentação varia entre R$ 588,63 e R$ 612,18.

O que as empresas oferecem

  • As empresas que controlam o serviço ofereceram reajuste, retroativo, de 2,46%. Elas aceitam chegar ao percentual de 4,77%, mas sem retroatividade e com alteração da data-base para o mês de novembro.

Justiça do Trabalho

  • Na última terça-feira, a desembargadora federal do Trabalho Sônia das Dores Dionísio Mendes determinou que 70% das atividades de coleta sejam mantidas durante a greve.

  • O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado (Sindirodoviários) garante que está cumprindo a decisão, o que é contestado pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Pública do Estado (Selures) e algumas prefeituras.

  • A penalidade prevista pelo descumprimento da frota de 70% é detenção de 15 dias a 6 meses, e multa.

Trâmite

  • A decisão do dissídio coletivo sobre o reajuste dos profissionais será do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES). Ainda não foi marcada uma data para o julgamento, já que os trâmites estão em andamento.

Fonte: TRT-ES, Selures, Sindirodoviários e Ministério Público do Trabalho.
 

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