França quer proibir "discriminação capilar"

Texto pretende acrescentar "o corte, a cor, o comprimento e a textura do cabelo" à lista de discriminações

Redação Tribuna Online | 28/03/2024, 15:11 15:11 h | Atualizado em 28/03/2024, 15:10

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/170000/372x236/Franca-quer-proibir-discriminacao-capilar0017380300202403281511/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F170000%2FFranca-quer-proibir-discriminacao-capilar0017380300202403281511.jpg%3Fxid%3D766905&xid=766905 600w, Leis e diretrizes similares existem no Reino Unido e em quase 20 estados americanos

A Assembleia Nacional da França, equivalente à Câmera dos Deputados no Brasil, aprovou nesta quinta-feira (28), um projeto contra a "discriminação capilar", em particular no local de trabalho.

Promovido pelo deputado Oliver Serva, o texto pretende acrescentar "o corte, a cor, o comprimento e a textura do cabelo" à lista de discriminações que podem ser punidas por lei. Aprovado por 44 votos a favor e dois contra, a proposta deve ser debatida agora no senado. 

 "Na França, a discriminação baseada na aparência física já é sancionada, na teoria", afirmou o deputado. "Mas há uma lacuna entre teoria e realidade", complementou. 

Serva mencionou um estudo norte-americano que demonstra que 25% das mulheres negras entrevistadas afirmaram que perderam vagas em processos seletivos devido à forma como usavam o cabelo nas entrevistas.

"Estou aqui com minhas tranças. Minhas perucas. Quando me candidatava a alguns empregos, me pediam para alisar o cabelo", disse a deputada negra Fanta Berete, integrante da maioria presidencial.

Leis e diretrizes similares existem no Reino Unido e em quase 20 estados americanos, que identificaram a discriminação capilar como uma expressão de racismo.  

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