França quer proibir "discriminação capilar"
Texto pretende acrescentar "o corte, a cor, o comprimento e a textura do cabelo" à lista de discriminações
A Assembleia Nacional da França, equivalente à Câmera dos Deputados no Brasil, aprovou nesta quinta-feira (28), um projeto contra a "discriminação capilar", em particular no local de trabalho.
Promovido pelo deputado Oliver Serva, o texto pretende acrescentar "o corte, a cor, o comprimento e a textura do cabelo" à lista de discriminações que podem ser punidas por lei. Aprovado por 44 votos a favor e dois contra, a proposta deve ser debatida agora no senado.
"Na França, a discriminação baseada na aparência física já é sancionada, na teoria", afirmou o deputado. "Mas há uma lacuna entre teoria e realidade", complementou.
Serva mencionou um estudo norte-americano que demonstra que 25% das mulheres negras entrevistadas afirmaram que perderam vagas em processos seletivos devido à forma como usavam o cabelo nas entrevistas.
"Estou aqui com minhas tranças. Minhas perucas. Quando me candidatava a alguns empregos, me pediam para alisar o cabelo", disse a deputada negra Fanta Berete, integrante da maioria presidencial.
Leis e diretrizes similares existem no Reino Unido e em quase 20 estados americanos, que identificaram a discriminação capilar como uma expressão de racismo.
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