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Gastronomia

Gastronomia ajuda confeiteira a vencer a depressão


Imagem ilustrativa da imagem Gastronomia ajuda confeiteira a vencer a depressão
Os pudins viraram terapia para Aparecida Camargo. Agora, ela quer ensinar suas receitas a quem tem depressão |  Foto: Roberta Bourguignon/AT

“A ideia era que o pudim fosse só uma ocupação, mas virou terapia”, conta a confeiteira Aparecida Camargo, carinhosamente conhecida por Cida, de 49 anos, que superou a depressão produzindo doces na cozinha de casa, durante a pandemia.

Ela acredita que fazer os pudins foi um dos principais motivos da sua cura, combinado ao tratamento com antidepressivos. A depressão durou quase cinco anos e começou após surgirem problemas de saúde que a obrigaram a parar de trabalhar.

“Eu precisava de algo que me trouxesse alegria, e fui incentivada por uma amiga a fazer pudim, pois sempre adorei cozinhar. E deu certo”, observa. Cida era proprietária de uma loja de roupas e, para dar conta de tudo, chegou a tomar remédio para dormir menos e trabalhar mais.

“Fui ao fundo do poço. Era eu que vivia viajando para comprar roupas e organizar tudo. Já cheguei a dormir somente duas horas por noite”, lembra ela.

Agora, já melhor de saúde, a confeiteira quer ajudar quem passa pelo problema, ensinando algumas das suas principais receitas. “Ajudar outras pessoas a curarem a depressão fazendo doces também é uma terapia para mim”, salienta Aparecida.

Outro apaixonado pela gastronomia que encontrou na área um refúgio para os problemas que enfrentava é o confeiteiro Deivisson Ribeiro, de 30 anos. Em 2019, ele ficou desempregado e sua família perdeu a única fonte de renda que tinha.

Imagem ilustrativa da imagem Gastronomia ajuda confeiteira a vencer a depressão
Com seus doces, Deivisson ganhou 22 mil seguidores em redes sociais |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

“Perceber que eu não conseguia sustentar a casa e ver minha filha pedir as coisas, sem eu conseguir dar, foi horrível. Acabei entrando em depressão”, relata.

Para dar a volta por cima, Deivison decidiu investir o pouco dinheiro que tinha naquilo que sabia fazer: brigadeiros. Os doces fizeram tanto sucesso que, hoje, ele tem mais de 22 mil seguidores nas redes sociais.

“Depois que eu conheci a confeitaria, ganhei um propósito de vida. Amo o que eu faço e vejo que curei a minha alma com isso”, acredita.

Psicólogas confirmam benefício

Diante de um diagnóstico de depressão, quem estiver com dificuldades deve procurar sair da zona de conforto, nem que isso signifique apenas encarar a cozinha, segundo especialistas.

Para a psicóloga Marina Miranda, o hábito de fazer novas atividades estimula o bem-estar das pessoas, que descobrem hobbies e maneiras diferentes de lazer durante a correria do dia a dia.

“Cada um tem suas fontes de prazer e descanso, e oferecer parte do seu tempo para esses momentos deve ser tão inegociável quanto o tempo que dedicamos ao nosso trabalho”, indica.

Marina Miranda ainda orienta que, em alguns casos, o indivíduo precisará de ajuda profissional para descobrir esses hábitos que lhe trazem alegria. “A partir disso, a pessoa poderá encontrar seus próprios recursos para cuidar de si e viver bem”, diz.

Outra dica da psicóloga é buscar desempenhar atividades que antes eram prazerosas, mas que, por algum motivo, já não fazem mais parte do cotidiano.

“Muitas vezes, deixamos as tarefas que mais nos fazem bem para trás, seja por causa de comodismo ou de outras atividades que aparecem à frente na lista de prioridades”, afirma.

De acordo com a psicóloga Camila Carvalho, aprender a combinar novos alimentos, experimentar texturas diferentes ou brincar com novos sabores pode ser bastante saudável para a mente.

“O ato de cozinhar é capaz de unir as pessoas. Ao encarar o fogão, você tem a impressão de que é capaz de fazer algo gostoso, que familiares e amigos gostarão. Dá para depositar todo o seu carinho sem falar nada, só usando os alimentos como forma de expressão”.

Além disso, como ela explica, ter de administrar diversas receitas ao mesmo tempo permite desenvolver a inteligência, dar vazão à imaginação e potencializar a criatividade.

“Cozinhar consegue fazer com que a pessoa fique mais autoconfiante, tome decisões em pouco tempo, seja mais organizado e melhore a sua eficiência”, comenta.

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