Fla-Flu nos bastidores...
Apesar de o protocolo de segurança para o retorno ao trabalho estar em fase de conclusão, a retomada das atividades no futebol carioca não será tão fácil como se imagina. E por uma questão muito simples: dirigentes do Fluminense são contrários a qualquer movimentação neste sentido, sem a liberação oficial dos órgãos governamentais e entidades de classe.
Rubens Lopes, presidente da Federação (Ferj), tem se esforçado para encurtar o período de recesso por conta do combate à Covid-19, mas os tricolores não voltarão ao trabalho enquanto não houver a garantia de risco zero, tanto no contágio com o vírus, quanto no passivo trabalhista.
Na verdade, há um “Fla-Flu” sendo travado no campo das ideias, e na busca pelo protagonismo.
Mário Bittencourt, presidente do Fluminense, é um dos líderes da Comissão Nacional de Clubes (CNC), que discute as questões mais polêmicas nos bastidores da CBF. Ontem, no embate travado por videoconferência entre clubes das Série A e B do Brasileiro, vitória tricolor, que votou pela prorrogação das férias até o próximo dia 30.
Mas, no âmbito estadual, o protagonismo é de Rodolfo Landim. E o mandatário rubro-negro, forte aliado do dirigente da Ferj, quer o retorno mais breve possível.
O Flamengo, baseado no protocolo adotado por clubes alemães, defende que há condições de retornar ao trabalho ainda este mês, com bola rolando em estádios fechados duas semanas depois.
Não à toa, o chefe de seu departamento médico, Márcio Tannure, lidera o grupo de trabalho que elabora o tal protocolo sanitário que a Ferj enviará às autoridades visando à retomada do trabalho sem riscos de ações trabalhistas.
E não à toa também o Fluminense é o único dos grandes clubes do Rio que não tem representante entre eles...