Falar menos e abraçar mais é receita para vida mais saudável
Recebi outro dia uma mensagem pela internet que aconselhava o seguinte: “Diante de qualquer desafio que se apresentar na sua vida, não perca tempo com falatório, nem com explicações e justificativas, simplesmente feche a boca e abra os braços”.
A partir desse conselho, comecei a prestar mais atenção na importância do abraço para a nossa saúde emocional.
Aprofundei no assunto e descobri que já existem vários estudos na área da medicina vibracional que atestam a eficácia dos abraços. De fato, determinados abraços fazem a alma suspirar de felicidade. São terapêuticos, sim!
Por que o corpo parece mais leve depois de um abraço? Estudos mostram que os abraços têm o poder de reduzir os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea, além de diminuir o risco de doenças cardíacas.
Dar e receber um abraço faz o corpo liberar oxitocina, conhecido com o hormônio do amor e da felicidade. Eu penso que os abraços foram feitos para expressar o que as palavras, às vezes, deixam a desejar.
Nossos mapas mentais são diferentes, interpretamos as palavras de acordo com as nossas experiências de vida, o que dificulta o processo da comunicação verbal. Os abraços simplificam tudo. Só existem interpretações positivas para o gesto: amor, carinho, consideração, afeto, gentileza...
Os abraços ajudam a cultivar a paciência e demonstrar apreço, além de estimular a liberação de dopamina (hormônio do prazer) e serotonina ( hormônio do bem-estar, amplamente associado ao bom humor). Por conta disso, abraços reduzem o estresse.
E olha só que dado interessante: estudos científicos mostram que crianças que foram mais abraçadas na infância, passam pela vida adulta com mais equilíbrio emocional e menos estresse. É como construir uma casa – se o alicerce for bom, bem consistente, a construção não apresenta rachaduras e dura muito tempo. Uma base de afeto sólida é garantia de uma vida feliz.
Os abraços são poderosos suavizadores de emoções. Quando alguém está triste, passando por um momento difícil, um simples abraço é capaz de alterar o seu estado emocional. Uma onda de conforto toma conta da pessoa e o que parecia intransponível, começa a ser visto de forma mais suave.
A explicação científica para isso é que o abraço produz no cérebro a mesma sensação de prazer que experimentamos quando acabamos de fazer um exercício aeróbico ou quando comemos chocolate.
Outra descoberta da medicina vibracional é alento para o mundo inteiro: o abraço é importantíssimo para a cura da depressão que, segundo a Organização Mundial de Saúde, será a doença mais incapacitante nos próximos anos.
Trezentos milhões sofrem, hoje, de depressão no mundo e o Brasil é o campeão de casos de depressão na América Latina. Quase 6% da população, um total de 11,5 milhões de pessoas, sofrem com a doença.
Qual a lição que podemos tirar de tudo isso? Não devemos nos economizar na hora de abraçar as pessoas. Falar menos e abraçar mais é uma boa receita para uma vida mais amorosa e saudável.
Evilasio Costa é empresário e palestrante motivacional.