Morre Amaral, maior zagueiro do Guarani, e com passagem pela seleção
Ele tinha 69 anos e vivia em São Paulo, onde fixou residência após a aposentadoria
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O futebol brasileiro amanheceu de luto. Na noite desta sexta-feira, o ex-zagueiro João Justino Amaral dos Santos, ou simplesmente Amaral, revelação e maior da posição no Guarani, que defendeu as cores de Corinthians, Santos e foi titular da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, morreu vítima de um câncer. Ele tinha 69 anos e vivia em São Paulo, onde fixou residência após a aposentadoria, cuidando de escolinhas de futebol e agenciando jovens talentos.
Amaral, carinhosamente chamado por Feijão pelos amigos e companheiros de time, vinha passando por problemas de saúde nos últimos meses. Ele travava dura batalha com um tumor que gerou metástase e se espalhou pelo corpo.
Zagueiro firme e de técnica invejável, Amaral surgiu para o futebol no Guarani com apenas 15 anos e, com 21, já despontou como um dos melhores do País. Era tão diferenciado que logo chamou a atenção e foi convocado para a seleção brasileira em 1976. Foi titular na Copa do Mundo com somente 23 anos.
Amaral evitou a eliminação precoce da seleção brasileira naquele mundial ao "atuar como goleiro" e evitar um gol da Espanha no empate por 0 a 0 em Mar del Plata. O defensor correu para a risca e cortou a finalização do atacante espanhol com o pé esquerdo.
Após a Copa, chamou a atenção do Corinthians e foi contratado em janeiro de 1979 para atuar em 133 partidas pelo clube alvinegro, no qual conquistou o Campeonato Paulista daquele ano. Em sua passagem pelo Parque São Jorge, acumulou 65 vitórias, 40, empates e 28 derrotas, com um gol marcado.
Em 1981, trocou o clube pelo Santos, antes de ir fazer história no futebol mexicano, onde também foi bastante respeitado e idolatrado pelas torcidas de América e Universidad Guadalajara. A carreira nos campos terminou em 1986, quando tinha 31 anos, por causa de problemas no joelho.
"O Santos FC lamenta o falecimento de Amaral, ex-zagueiro que defendeu o Manto Sagrado entre os anos de 1981 e 1982. Muita força aos amigos e familiares do atleta", prestou homenagens o clube da Baixada.
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