Entidades cobram R$ 10 mi de programa espanhol por injúria racial a Vinícius Jr

A ação considera que os comentários feitos por Jimenez no programa 'El Chiringuito de Jugones' atingiram todo o povo brasileiro

Agência Folhapress | 10/10/2022, 22:25 22:25 h | Atualizado em 10/10/2022, 22:30

As entidades Educafro e Centro Santo Dias de Direitos Humanos Arquidiocese São Paulo protocolaram uma ação civil pública na manhã desta segunda-feira (10) contra o comentarista Pedro Bravo Jimenez e a emissora MEGA, da Espanha, pelas ofensas racistas feitas contra Vinicius Jr.

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/120000/0x0/inline_00125630_00/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F120000%2Finline_00125630_00.jpg%3Fxid%3D406301&xid=406301 600w, Pedro Bravo, presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores, disse que Vini Jr. (foto) deveria "parar de fazer macaquice"
 

Foi formulado um pedido de 10 milhões de reais em indenização para o povo brasileiro pelo racismo praticado e pela referência preconceituosa.

A ação considera que os comentários feitos por Jimenez no programa 'El Chiringuito de Jugones', que também é transmitido nas redes sociais, atingiram todo o povo brasileiro, em particular a população negra.

Durante o programa do dia 15 de setembro, Pedro Bravo -presidente da Associação Espanhola de Empresários de Jogadores-, disse que Vini Jr. deveria "parar de fazer macaquice" e ir ao "sambódromo do Brasil" caso quisesse "dançar".

"Essa ação é completamente inédita. Estamos processando estrangeiros por danos raciais praticados ao povo brasileiro pela internet. Alegamos que o dano não foi praticado na Espanha, mas na internet, o que atinge diretamente todos os brasileiros", disse Márlon Reis, advogado que assina a ação, à reportagem.

Em documentos recebidos pela reportagem as entidades citam que os recursos da indenização serão aplicados diretamente em programas de combate à desigualdade racial no Brasil.

A ação civil pública é um instrumento processual que é utilizado para responsabilizar os réus por danos morais e materiais ocasionados a bens e direitos coletivos. Ela tem como objetivo proteger interesses coletivos cuja titularidade recai sobre toda a sociedade (ou parte dela), e não apenas a um único indivíduo.

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