Diagnóstico pode levar até 8 anos
Para evitar que isso aconteça, orientação é buscar profissional capacitado para tratar doença que afeta 10% das mulheres no Brasil
Uma condição fisiológica tão normal e corriqueira para o corpo feminino como a menstruação pode representar um grande problema para aquelas que têm endometriose.
De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge cerca de 190 milhões de mulheres em todo o mundo. No Brasil, a estimativa é de que 10% da população feminina, que se encontra entre a primeira e a última menstruação, seja acometida pela enfermidade.
A doença se torna um problema maior quando a mulher não consegue um diagnóstico assertivo pela falta de especialistas qualificados para atendê-la.
A endometriose, que se caracteriza pelo crescimento do endométrio fora do útero, não é uma enfermidade que atinge somente o útero, os ovários e as trompas. Pode se espalhar para fora da pelve, e por isso deve ser conduzida por um especialista capacitado junto a uma equipe multidisciplinar.
“Em média, a mulher demora oito anos para chegar ao diagnóstico da endometriose. Isso porque muitas vezes o médico não faz uma anamnese mais ampla. O especialista precisa ter uma visão geral da mulher e conhecer as doenças que podem acometê-la em paralelo à endometriose”, diz a ginecologista e obstetra Karin Rossi.
Entre essas enfermidades, segundo ela, estão cefaleia, enxaqueca crônica, dor no cóccix, síndrome do cólon irritável, síndrome da bexiga dolorosa, fibromialgia e doenças autoimunes.
Mapeamento
Após o diagnóstico clínico, parte-se para o mapeamento para saber a extensão da doença, que é feito pela ressonância magnética da pelve e do abdômen e da ultrassonografia com preparo de intestino.
“Também precisa de avaliação do cardiologista, urologista, proctologista, cirurgião vascular, nutricionistas, nutrólogos, endocrinologistas, psicólogos e psiquiatras. Tudo depende do grau da doença”, afirmou.
O médico especialista em endometriose também precisa ser um bom cirurgião e a cirurgia muitas vezes é feita via endoscópica e laparoscópica.
“Isso porque a cirurgia é complicada, até mais do que as oncológicas na maioria das vezes, por causa das aderências”.
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