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Qualidade do ar

Benefícios são percebidos na saúde e no ambiente

jovem pratica corrida ao ar livre: empresas e gestões públicas buscam soluções para melhora na qualidade de vida


Imagem ilustrativa da imagem Benefícios são percebidos na saúde e no  ambiente
Jovem pratica corrida ao ar livre: empresas e gestões públicas buscam soluções para melhora na qualidade de vida |  Foto: Rfstudio/ pexels

Em um cenário de crescente preocupação global com a qualidade do ar e seus impactos diretos na saúde, empresas estão cada vez mais realizando ações que visam melhorar as condições do ar.

Pesquisas mostram que ambientes e cidades com qualidade do ar renovado e saudáveis oferecem menos riscos à saúde. A respiração fica mais leve, agradável e confortável.

Pensando nessa melhoria, grandes empresas do Espírito Santo têm investido na implementação de tecnologias e políticas inovadoras de sustentabilidade. As indústrias estão unindo forças para enfrentar esse desafio ambiental.

Empresas como a Vale e a ArcelorMittal declaram que não têm medido esforços para entregar melhorias e reduzir a emissão de poluentes no ar.

Essa postura não reflete apenas um despertar para os efeitos nocivos da poluição, mas demonstra também um compromisso com a saúde pública e a preservação ambiental.

A ArcelorMittal, unidade Tubarão, por exemplo, foi a pioneira no uso de diferentes tecnologias de monitoramento e controle, tendo um histórico de investimentos contínuos para redução dos seus impactos ambientais e, nos últimos cinco anos, investiu R$ 1,9 bilhão com foco em reduzir emissões atmosféricas.

A Vale, por sua vez, possui um Plano Diretor Ambiental que concentra um investimento de R$ 4,67 bilhões em ações para reduzir as emissões de poeira e melhorar a gestão hídrica da Unidade Tubarão.

Ao todo, mais de 100 projetos de melhorias foram implementados e estão em andamento na empresa.

Ao contrário do senso comum, análises do ar em grandes cidades mostram que não só as indústrias contribuem para a poluição do ar.

“O Inventário de Fontes da Grande Vitória, elaborado em 2015, considerou como fontes de emissões atmosféricas as seguintes atividades: processos industriais, obras de construção civil, aeroporto, portos (navios e rebocadores), casas e comércios, vias de tráfego, entre outras”, contou o coordenador de Qualidade do Ar do Iema, Vinicius Rocha da Silva.

Diversas autoridades estão com os olhares voltados para esse cenário e se mobilizam para que o assunto ganhe cada vez mais força nas discussões de pautas ambientais.

O secretário municipal de Meio Ambiente de Vitória, Tarcísio Foeger, por exemplo, afirmou que políticas públicas destinadas ao tema são necessárias devido a um panorama que chamou de preocupante.

Esforços para a sustentabilidade

Imagem ilustrativa da imagem Benefícios são percebidos na saúde e no  ambiente
Cris Samorini, presidente da Findes, diz que empresas buscam soluções para a qualidade do ar |  Foto: Renan Donato/ Divulgação

A atenção com a qualidade do ar e a sustentabilidade faz parte da agenda das federações empresariais capixabas, que seguem implementando várias ações, seja para mitigar seus próprios impactos ambientais, seja para somar esforços com outros atores da sociedade para melhoria da qualidade do ar na Grande Vitória.

A Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) é uma das que têm buscado soluções para a qualidade do ar. Segundo a presidente da federação, Cris Samorini, a preocupação é uma constante no setor, que tem feito investimentos significativos.

“São quatro décadas de preservação e conservação de Mata Atlântica em terras capixabas, recuperação de áreas degradadas e investimento em ações para retirada de carbono da atmosfera”, afirmou.

Segundo ela, esse cuidado ganhou força, especialmente a partir de 2018. “Nos últimos cinco anos, foram destinados aproximadamente R$ 6,5 bilhões para financiar cerca de 600 iniciativas nesse sentido.

O setor também tem tido compromisso contínuo com a inovação e a busca por tecnologias e processos que reduzam as suas emissões”, ressaltou.

Outra entidade que tem focado na implementação de boas práticas ambientais é a Federação das Empresas de Transportes do Estado do Espirito Santo (Fetransportes). Um dos seus destaques é o Projeto Despoluir, lançado em parceria com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e Sest/Senat, e que utiliza unidades móveis equipadas para fazer testes de emissões de poluentes em frotas movidas a diesel, concedendo o Selo Despoluir às aprovadas.

Com 725 empresas do setor cadastradas, somente em 2023, o Projeto realizou mais de 27 mil testes, com percentual de 98,85% de aprovação nas aferições.

A entidade também colabora com o Plano Estadual de Descarbonização e Neutralização de Gases de Efeito Estufa (GEE) e promove, junto com a CNT, iniciativas que permitem o diálogo e a construção conjunta com a sociedade.

“Junto com outras ações estruturantes e o constante diálogo institucional, o setor segue na rota da sustentabilidade”, afirma a superintendente Simone Garcia.

O setor conta com frota de 132 mil veículos e 50 mil trabalhadores no Estado.

Comunidades em Vitória fiscalizam atividades

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Iberê Arruda, coordenador-geral da ACJAC, acredita que a sociedade deve se informar melhor sobre o tema da poluição do ar, cobrar melhorias e novas medidas |  Foto: Acervo pessoal

Para acompanhar os passos das empresas mineradoras e siderúrgicas da Grande Vitória, associações de moradores têm fiscalizado de perto as ações dessas organizações para reduzir a emissão do chamado pó preto.

O coordenador-geral da Associação Comunitária de Jardim Camburi (ACJAC), em Vitória, Iberê Arruda, contou que já visitou várias vezes a Vale e a ArcelorMittal para conhecer o sistema de gestão ambiental das empresas.

“Tenho tido a oportunidade de participar desde as primeiras reuniões da comissão de acompanhamento dos Termos de Compromisso Ambiental de ambas as empresas. Temos acompanhado o desenvolvimento dos cronogramas existentes com o Ministério Público Estadual e por meio do Plano Diretor Ambiental, que tem trazido melhorias e novas tecnologias que buscam reduzir ao máximo seus impactos”.

Ele declara que percebe um esforço das empresas em comunicar sobre os avanços que ocorrem.

“Considero isso importante para que a sociedade se informe melhor sobre o tema. A meu ver, são empresas comprometidas com a sustentabilidade de suas operações e com a relação com as comunidades. As organizações têm um sistema de gestão ambiental que busca a melhoria contínua para minimizar impactos, com foco na qualidade de vida e do ar, adotando novos controles ambientais”.

A presidente da Associação da Ilha do Frade, em Vitória, e engenheira da área ambiental, Thalita Guimarães, também afirma que acompanha com o Ministério Público todas as ações e já fez diversas visitas às empresas.

“As entidades estão executando tudo o que é pedido. Em alguns bairros de Vitória, a gente já escutou falar que o pó diminuiu bastante. Onde eu moro, na Ilha do Boi, os representantes das empresas deixam tudo muito claro do que tem sido feito, tiram nossas dúvidas, recebem os moradores nas organizações”.

Mas, para ela, o pó nunca vai ser eliminado. “Eu sempre soube que nunca vai zerar, principalmente no meu bairro, por conta da nossa localização. Tanto as empresas quanto o governo estadual têm pesquisado medidas, até de fora do País para, quem sabe um dia, zerar a emissão de pó de minério. Nós, enquanto comunidade, também estamos sempre pensando no que pode ser feito”.

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