Ser feliz na escola favorece aprendizado

Alegria e bem-estar favorecem o aprendizado, diz pesquisa realizada pela revista Economist em 15 países |  Foto: Divulgação

Estudo realizado pelo The Economist Intelligence Unit, braço de pesquisa da revista The Economist, aponta que bem-estar e emoções positivas são muito importantes para o sucesso acadêmico.

A pesquisa, encomendada pela Microsoft e realizada em 15 países, envolvendo mais de 700 profissionais da educação, aponta que o bem-estar emocional melhora a capacidade de compreensão e absorção do conhecimento e que as emoções positivas têm relação direta com o desempenho escolar.

“A escola é espaço de formação, de adquirir, consolidar e construir conhecimento, mas é também terreno fértil para desenvolver habilidades que serão cruciais na vida e na profissão, como liderança, autonomia, iniciativa, responsabilidade, capacidade de trabalhar em equipe, empatia, entre outros”, considera Penha Tótola, diretora pedagógica da Escola Monteiro.

Segundo ela, ao longo dos mais de 50 anos de vida da escola, aliar aprendizado e bem-estar tem sido um objetivo diário. “Enxergamos o aluno como alguém que tem uma história, que carrega experiências, que tem habilidades, sonhos, projetos, e que está inserido num contexto social. Ele também é protagonista desse aprender-ensinar, e ajuda a construir o conhecimento, a dar sentido ao que aprende”, reforça.

Dentro da proposta de oferecer formação ampla e diferenciada a seus alunos, a Monteiro desenvolve projetos e viabiliza experiências que vão muito além do conteúdo básico estabelecido pelas diretrizes curriculares.

Espaço Maker, laboratórios, estudos do meio que vão dos arredores da escola até outros estados e países, assembleias de alunos, feiras, eventos de integração e esporte, aulas semanais de ioga, entre outros projetos, fazem parte do dia a dia. “A ideia é tornar o aprendizado mais dinâmico, atrativo e capaz de dialogar com as demandas desse aluno dos novos tempos”, explica.

Mariana Chagas vai estudar Relações Internacionais em Brasília: “Nunca aprendi tanto como na Monteiro” |  Foto: Divulgação

Resultado e bem-estar andam juntos, diz diretora

A relação direta entre resultados acadêmicos e bem-estar apontada pelas pesquisas se confirma no dia a dia da Escola Monteiro. Entre os exemplos, está a ex-aluna Mariana Chagas, 18 anos.

De malas prontas para começar uma vida nova em Brasília, ela carrega o carinho pela Escola Monteiro, que considera sua grande aliada para realizar o sonho de estudar Relações Internacionais na UnB (Universidade de Brasília).

“Fui para Monteiro apenas no ensino médio, mas, desde o primeiro momento, fui muito bem acolhida. Nunca aprendi tanto como na Monteiro. Desde os 13 anos, eu sabia que queria estudar Relações Internacionais na UnB e a escola embarcou comigo nesse sonho”, diz.

Mariana faz questão de reforçar que aprendeu muito do ponto de vista do conteúdo didático, mas também em relação à cidadania e às habilidades socioemocionais. “Eu entendi, na prática, que a educação pode ser, sim, humanizada e libertadora”, afirma.

Já Murilo Patrício Nascimento, 19 anos, deixou Vitória para cursar Engenharia da Computação na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Aluno da Monteiro do 1º ano do ensino fundamental à terceira série do ensino médio, ele reconhece que sua história de vida se mistura com os valores, aprendizados, experiências, amizades e oportunidades oferecidas pela instituição.

Murilo escolheu o curso de Engenharia da Computação, na área de Exatas, e, no Enem, conquistou 980 na redação, o que é uma demonstração da preocupação da escola com uma formação completa, independente da área escolhida.

Na turma que concluiu o ensino médio em 2022, o aproveitamento foi de 90%, com alunos aprovados na Ufes, UFMG, UERJ, UFOB, UFBA, UNB, PUC, entre outras, com primeiros lugares e outros destaques.