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Entretenimento

Músico capixaba se descobre na Holanda


Seis anos se passaram desde que Andrew Laureth lançou seu primeiro álbum solo. Depois, o capixaba se mudou para Amsterdã, capital da Holanda, e viveu novas experiências.

“Tenho uma tia que há 20 anos mora aqui. Vim para visitar durante as férias e me apaixonei pela cidade”, conta o artista de 32 anos sobre a mudança de país.

Nesses cinco anos vivendo na Europa, o músico, natural de Santa Teresa, se casou e, há um ano e meio, se tornou pai do Adam.

Mas não foi só isso. Artisticamente falando, o tempo transformou as ideias musicais de Andrew. Basta comparar os álbum “Janelas do Tempo” (2014) e “Pieces of Me”, trabalho lançado em dezembro de 2020 com faixas em português e inglês.

Imagem ilustrativa da imagem Músico capixaba se descobre na Holanda
Andrew Laureth, que é Santa Teresa, destaca temática de novo álbum: “As letras falam sobre esperança e fé”. |  Foto: Bart Slaman/Divulgação

Enquanto o primeiro traz uma vibe mais roqueira, as novas músicas passeiam pelo folk de nomes como John Mayer, Jack Johnson, Brooke Fraser, entre outros. Isto é, as guitarras distorcidas saíram de cena e deram lugar a músicas ancoradas no violão.

Andrew conta que esse foi um processo que rolou ao começar a se apresentar em barzinhos e cafés da capital holandesa.

Nesse período, precisou encarar o público acompanhado apenas do violão, o que não acontecia quando, no passado, fazia parte das bandas gospel Sexto Comando e Altitude. “Tive que fazer muitos shows sozinho em barzinhos, só voz e violão. Acabei gostando dessa linguagem e senti uma conexão bacana com o público”, ressalta ele.

E, sendo um músico brasileiro morando fora, Andrew precisou incorporar algumas canções clássicas brasileiras. “Toquei de tudo nessas apresentações. Foi uma fase bacana, pois fui um 'representante' da música brasileira aqui”.

O contato com a obra de mestres da bossa nova e da MPB influenciou as faixas “Pieces of Me”. Principalmente as músicas “Be Yourself”, “Deixa” e “Olhos Verdes”.

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Para o capixaba, independente do idioma, as suas músicas carregam uma mensagem central. “É uma mensagem de amor. As letras falam sobre esperança e fé. A música 'Scream for Love' é inspirada nos últimos acontecimentos do mundo”, explica o artista, que homenageou o filho em “Pequeno Adam”, a quinta do álbum.

“O objetivo era essa coisa dele crescer e entender o sentimento de pai que tenho por ele. Foi uma expressão de amor”, destaca Andrew, que sonha trazer o show do novo trabalho para o Brasil.


“Sou um representante da música brasileira aqui”


AT2 Como tem sido a recepção do público a “Pieces of Me”?

Andrew Laureth Na internet, tem uma recepção legal. É um álbum que comecei a lançar uma música por mês, desde maio. Tanto que ele já teve 60 mil plays no Spotify. 

É algo diferente do que você já havia feito até então?

Sim, foi um trabalho diferente. Também fiz vídeos para as músicas. Das dez canções, sete têm vídeo. 

Com o acesso a informações de métricas das plataformas de streaming, dá para saber quem é o público que ouve suas músicas?

Por incrível que pareça, tem muita gente do Brasil. Tem bastante gente de Portugal, da Itália e da Holanda, onde já fiz turnê.

O perfil das pessoas que escutam, pelo que vejo pelos dados e métricas do Spotify e também nos shows, é um público de 25 a 40 anos. É uma galera que curte um som mais acústico, um folk misturado com música brasileira. 

O seu primeiro álbum é mais roqueiro, enquanto o novo chama atenção pelos instrumentos acústicos. A que deve essa mudança?

O “Janelas da Alma”, eu gravei ainda no Brasil. Ainda tinha banda e os caras me ajudaram a produzir. Já o “Pieces” representa a minha fase na Holanda, em que tive que fazer muito show sozinho, só com voz e violão, em barzinhos.

Pode contar um pouco sobre esse passado roqueiro?

Tive duas bandas: Sexto Comando e Altitude. Chegamos a rodar o Estado e fizemos shows bacanas na região. Durante dez anos, estive com as bandas. Comecei adolescente e aprendi a tocar.

Carrega a influência gospel dessas duas bandas?

Tenho influência da música gospel na mensagem das canções. Mas prefiro não limitar a minha música a um segmento religioso. A mensagem central é de amor. Todas as letras falam sobre esperança e fé.

Essas são mensagens suas?

Isso acabou ficando muito em mim: falar de amor, esperança e de respeitar as pessoas. Porque a gente vê hoje tanta falta de respeito entre as pessoas e é preciso defender a conversa sem ferir o outro. 

Sente que seu público é tocado por essas ideias?

Muitas músicas são baladas românticas. Sim, as pessoas comentam comigo que se sentiram tocadas. Isso é super positivo. 

E como é ser um músico brasileiro morando na Europa?

Tive que buscar o meu espaço. Sou um representante da música brasileira aqui. E eles têm um respeito grande pela nossa música.

Eu tive a oportunidade de tocar com o Nando Reis e o Natiruts. Aqui, quando você fala de música brasileira, a primeira coisa que vêm à cabeça deles é Caetano Veloso, Gil... Tem uma galera nova não só na Holanda, mas na Europa toda, que acompanha a música brasileira e está atenta às novidades.

Quais são os próximos passos da sua carreira?

Comecei a escrever canções novas. Também tenho projeto de gravar o show do álbum ao vivo, para lançar um material exclusivo, com minidocumentário falando sobre as músicas de “Pieces of Me”.

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