Releitura de Frankenstein nos cinemas
Indicado ao Oscar em 11 categorias, “Pobres Criaturas” conta a história de uma mulher que é trazida de volta à vida com o cérebro infantil que perte
A clássica história de Frankenstein ganha, a partir desta quinta- feira (01), reimaginação feminina e feminista nas telonas dos cinemas do Espírito Santo.
Indicado ao Oscar em 11 categorias, “Pobres Criaturas” tem por base livro homônimo de Alasdair Grey e acompanha Bella Baxter, uma mulher da era vitoriana, no século 19, interpretada pela atriz norte-americana Emma Stone.
Nesta trama que envolve ciência e fantasia, a protagonista é trazida de volta à vida com um cérebro infantil que pertencia ao filho que carregava quando morreu.
O responsável por ressuscitar a personagem é Godwin Baxter (Willem Dafoe), um cientista brilhante, porém, pouco convencional. Chamado de “Deus” por ela, o médico gosta de unir pedaços de diferentes animais criando espécies únicas.
Sob os cuidados de seu criador, a jovem deve reaprender a andar e comer. Mas ela quer mais! E, na intensa busca de descobrir o mundo, embarca em uma jornada de autodescoberta e libertação sexual acompanhada do habilidoso e debochado advogado Duncan Wedderburn (Mark Ruffalo). Bella exige igualdade e libertação!
A premissa do filme “permite que um ser humano, em particular uma mulher, conheça o mundo em seus próprios termos e comece de novo, a partir do zero, sem estruturas sociais”, segundo o diretor grego Yorgo Lanthimos, que também dirigiu Emma Stone no premiado “A Favorita” (2018).
Tanto ele quanto a protagonista estão indicados ao Oscar por conta de “Pobres Criaturas”. Para a atriz, Bella é sua personagem favorita até o momento.
“Ela nunca foi pequena e frágil. Ela tem sido livre para se expressar e aprender exatamente como quer”, justificou a já vencedora do Oscar de Melhor Atriz por sua performance em “ La La Land: Cantando Estações” (2016).
Com classificação indicativa de 18 anos, a produção é repleta de cenas explícitas de sexo. “Vejo este (o sexo) apenas com um entre muitos aspectos da vida dela – há também as descobertas sobre comida, filosofia, viagens e dança. O sexo é um outro aspecto. Bella é completamente livre e sem vergonha do corpo. Ela não sabe ficar envergonhada, não tenta encobrir as coisas e mergulha na experiência completa em todos os aspectos”, justifica.
Mark Ruffalo também está indicado ao Oscar 2024 na categoria de Melhor Ator Coadjuvante.
“Pobres Criaturas” já conta com grandes prêmios no currículo, como o Leão de Ouro, no Festival Internacional de Cinema de Veneza, e o Globo de Ouro.
Mais estreias no cinema
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“O Mal que nos Habita”
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