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Filmes e Séries

Leandro Hassum vive delegado fofo e "de bom coração" em série de humor da Netflix

Em "B.O", humorista aposta em produção que lembra (e muito) o americano "Brooklyn Nine-Nine"


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Imagem ilustrativa da imagem Leandro Hassum vive delegado fofo e "de bom coração" em série de humor da Netflix
Cena da primeira temporada da série B.O com Leandro Hassum como Suzano |  Foto: Laura Campanella 2023/Netflix

Policial bonzinho, um pouco atrapalhado e com gosto musical infanto-juvenil é transferido do interior para a capital do Rio de Janeiro, supostamente o antro da bandidagem e dos companheiros de trabalho (os de farda e os policiais civis) truculentos.

Aos poucos, comprova que ser um homem gentil e empático não o impede de ser um competente delegado, mesmo estando à frente de uma equipe nem sempre ágil ou inteligente. Essa é a premissa de "B.O", nova série de humor nacional da Netflix, protagonizada por Leandro Hassum , que estreia nesta quarta-feira (6).

Preocupado em ajudar a todos, sem distinção - como uma senhora irritada com a qualidade de um ursinho de pelúcia - Suzano, o delegado fofo interpretado pelo humorista, é apaixonado por Sandy e Junior e um bocado medroso. Todos os clichês de um adolescente inseguro cabem no papel de Hassum, que defende o policial, assim como faz com outros personagens da série.

"Essas pessoas de 'B.O.' são o puro suco do Brasil, que podia ser representado em qualquer lugar, mas é uma delegacia", afirma o ator, que vive há alguns anos na Flórida, Estados Unidos.

Nos oito episódios do seriado, o personagem do comediante vai, aos poucos, mostrando que é possível endurecer sem perder a ternura jamais, mesmo em ambientes tensos como o de uma delegacia carioca. "Suzano consegue se transformar de bundão em bonzão, e isso faz com que as pessoas mudem", avalia Hassum, em entrevista por vídeo à reportagem.

Ele garante que a série não traz nenhuma mensagem subliminar contra as forças policiais do Rio de Janeiro. A ideia que "B.O" quer passar, em suma, é a que há pessoas boas e ruins aonde quer que se vá. "Aqui fora não é diferente, por exemplo", compara Hassum, numa referência ao estado americano onde mora com a família.

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"Vou resolver uma confusão com envio de malas, já recebi um péssimo atendimento. Fui em hospital... e o médico nem falou comigo direito. É tudo uma questão de perspectiva mesmo", diz.

É inevitável enxergar semelhanças entre "B.O" e "Brooklyn Nine-Nine" (2013-2021), ambientada em uma delegacia fictícia de Nova York. Hassum garante que não conhecia a produção antes de entregar os roteiros para a Netflix e que só teria sido apresentado ao seriado americano depois.

Foi coincidência, portanto, que diversas nuances de Suzano lembrem as do imaturo Jake Peralta (Andy Samberg), na produção norte-americana. O que ajuda na diferenciação, sem dúvida, são alguns detalhes, como a adoração do policial pelos filhos do sertanejo Chitãozinho, um traço da personalidade de seu personagem que ele diz ter tirado de letra. "Sempre fui apaixonado por eles", conta.

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