História dos Mamonas Assassinas nos cinemas
Filme conta trajetória de sucesso da banda, cujos integrantes morreram após jatinho bater na Serra da Cantareira
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Depois de Gal Costa e Claudinho e Buchecha terem suas histórias narradas no cinema, agora é a vez do público voltar no tempo para conhecer a trajetória de uma banda cujo sucesso ultrapassa gerações.
“Mamonas Assassinas - O Filme” chega nesta quinta-feira (28) às telonas revelando desde as tentativas frustradas do quinteto para conquistar seu espaço no mundo da música até se tornar um fenômeno musical brasileiro da década de 90.
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Através do longa, o espectador é transportado para uma época onde Dinho, Júlio, Bento, Sérgio e Samuel eram apenas cinco garotos com pouco dinheiro e muitos sonhos: um deles era gravar seu 1º disco ainda como a Banda Utopia.
A produção foi filmada na cidade onde viviam os músicos, Guarulhos, na Grande São Paulo, e contou com o apoio das famílias dos artistas. Inclusive, o guitarrista Bento é interpretado pelo seu sobrinho Beto Hinoto.
Outra atuação que chama atenção, principalmente pela semelhança física com o vocalista Dinho, é a de Ruy Brissac. Antes de interpretar o cantor nos cinemas, o ator viajou o País com o musical sobre a banda.
Rhener Freitas dá vida ao baterista Sérgio Reoli, Adriano Tunes faz o baixista Samuel Reoli e Robson Lima interpreta Júlio Rasec, responsável por teclado, percussão e vocais, no grupo. A influenciadora digital Fernanda Schneider também está no elenco.
“Mamonas Assassinas - O Filme” promete emocionar e divertir o espectador. Tudo isso com muita música! “Os shows são de enorme importância. São eles que ajudam a trazer a energia da banda e mostrar como contagiavam seu público”, explicou o diretor Edson Spinello.
Durante a CCXP 23, a produtora Walkiria Barbosa lembrou de um evento sobrenatural nas gravações.
“Teve um dia no set em que tudo começou a cair, luz piscando, foi uma loucura. Eu olhei para o céu e disse: 'Dinho, eu sei que você é bagunceiro, mas pode ajudar a gente a filmar'. E as coisas pararam de cair”. O filme tem classificação indicativa de 12 anos.
Originalidade
Conhecido pela originalidade de suas letras, performance nos palcos e qualidade musical de seus integrantes, o Mamonas Assassinas emplacou hits como “Pelados em Santos” e “Robocop Gay”.
No entanto, o grupo permaneceu na ativa apenas 8 meses depois de conhecer o sucesso. Todos os integrantes morreram no dia 2 de março de 1996, após o jatinho em que voltavam de um show em Brasília bater na Serra da Cantareira, em São Paulo.
Cinebiografia só se sai bem em números musicais
Se há uma banda que merece um revival, certamente é Mamonas Assassinas. Primeiro pelo que os cinco rapazes de Guarulhos tiveram de efêmero, tendo morrido em um desastre aéreo perto do aeroporto da cidade.
Segundo porque, nos anos 1990, eles criaram um estilo original, cujo fundamento era em boa parte um modo de compreensão ingênuo do mundo.
Ingênuo, bem-humorado, aberto ao outro e, antes de tudo, a si mesmos, algo que na época representava o Brasil, um país roqueiro, moderno, um pouco caipira, um tanto anárquico, gozador e, sobretudo, cheio de energia.
O que é ótimo neste filme: esta enorme energia está lá toda vez que os atores interpretam a banda no palco. Neste sentido, o revival é bem-sucedido e lembra um momento interessante da música brasileira, que não veio da intelectualidade nem do morro ou da metrópole, mas também não do interior. Os atores respondem bem às atividades de palco.
O que é péssimo neste filme: para começar, o roteiro ginasiano. A premissa é a mesma usada nos musicais hollywoodianos dos anos 1930 – não abandone nunca os seus sonhos.
Haveria outros pontos a desenvolver, como a amizade entre Dinho e Sergio (Rhener Freitas), o baterista, que começa com uma inimizade profunda, ou a oposição dos pais de Dinho às veleidades artísticas do filho, além da descrença dos donos de gravadoras.
Seguem-se conflitos, uma pilha deles, que, mal tendo começado, logo terminam.
Para resumir, temos aqui um filme que é ótimo pela banda, pela banda tal como representada no palco, e muito, mas muito deficiente sempre que sai do palco e da música do grupo.
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