Drama brasileiro na mira do Oscar
“Ainda Estou Aqui”, que é forte candidato a uma indicação de Melhor Filme Internacional, estreia nos cinemas do Estado
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O cinema brasileiro ganha duas estreias de peso com o esperado “Ainda Estou Aqui”, que retoma a parceria de Walter Salles com as atrizes Fernanda Torres e Fernanda Montenegro, e “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, com o ator Caio Blat vivendo uma adaptação cinematográfica da renomada obra “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa.
O longa “Ainda Estou Aqui” se passa no Brasil, em 1970, e é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, e família.
A produção é forte candidata brasileira a uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional e pode quebrar um hiato de mais de 20 anos de ausência do Brasil na categoria.
Na trama, Eunice Paiva, interpretada por Fernanda Torres, é casada com o ex-deputado Rubens Paiva, interpretado por Selton Mello, e precisa mudar sua vida completamente depois que ele é exilado durante a ditadura.
A dona de casa, que também ganha vida pela atuação da atriz Fernanda Montenegro, se vê obrigada a virar ativista de direitos humanos após o desaparecimento de seu marido.
Selton Mello detalhou, em entrevista recente, o processo de interpretar um personagem cuja ausência marca mais o filme do que seu tempo de tela. “Eu tinha um bloco e naquele bloco eu tinha que criar esse personagem”, explicou o ator.
“Tive que criar esse homem, essa pessoa, de uma forma marcante o suficiente para reverberar ao longo do filme ajudando a trajetória da personagem da Nanda (Fernanda Torres) e do público, que é cúmplice dessa jornada”, continuou.
Ex-jagunço
Em “O Diabo na Rua no Meio do Redemunho”, o ator Caio Blat interpreta Riobaldo, um ex-jagunço que, agora fazendeiro, reflete sobre sua vida e as complexidades do bem e do mal, assim como a presença do diabo em seu universo.
O longa é uma adaptação cinematográfica de “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, e foi selecionado para o Festival do Rio 2023.
A diretora Bia Lessa apresenta um filme no qual a narrativa é não linear, passeando por crenças populares, lendas e tradições mostradas em cenas detalhadas sobre a vida e as batalhas do sertão.
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