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Educação

Professora percorre 70 km para dar aula a um aluno em Linhares


Com a paralisação das aulas na rede pública do Estado por conta da pandemia do novo coronavírus, alunos e professores precisaram se reinventar para manter o ensino em dia. Em momentos como esse, a boa prática na educação se destaca. Uma professora no Espírito Santo percorre toda semana 70 quilômetros para dar aula para um aluno.

A história é a da professora de libras Joyce Barcelos Barbosa e do estudante deficiente auditivo Edilson Gomes Monteiro, de 15 anos, da Colégio Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral Bartouvino Costa, em Linhares.

Imagem ilustrativa da imagem Professora percorre 70 km para dar aula a um aluno em Linhares
A professora de libras se descoloca por cerca de 70 km por conta própria para lecionar |  Foto: Divulgação

A educadora tem saído de casa, em Linhares, e ido até a fazenda onde Edilson mora, no distrito de Bananal do Sul, uma viagem de cerca de 70 km ao todo. Joyce tem feito o percurso uma vez por semana para lecionar.

Na fazenda, o aluno não tem acesso a sinal de internet, telefone ou televisão, por conta disso, não teria como acompanhar as atividades escolares da mesma forma que os outros estudantes.

As atividades, mesmo que adaptadas, não atendem todas as necessidades do estudante, que só se comunica por linguagem de libras. Portanto, a presença de uma intérprete se faz mais necessária ainda.

“Nunca parei para pensar nos obstáculos que eu encontro no caminho, porque nada disso tem valor quando eu chego e vejo sorriso dele e da família me recebendo. Isso para mim é emocionante mesmo”, disse Joyce.

A professora conta que se sensibilizou com a história e passou a acompanhar o estudante de perto para que ele não fosse prejudicado por falta de acesso às atividades. Edilson é o único aluno dela, e Joyce sempre o acompanhava nas aulas na escola, interpretando em libras tudo o que os professores das disciplinas falavam.

“Sem aula presencial, ele ia ficar sem estudar. Fiquei muito abalada com a história dele, pensei em como ele teria acesso à educação no meio dessa pandemia”, comentou Joyce.

Embaixo da árvore

As aulas são dadas de forma bem simples: ao ar livre, debaixo de uma árvore em frente à casa onde o menino mora. Mesmo assim, sempre respeitando as medidas de segurança contra o novo coronavírus, como uso de máscaras, álcool em gel e distanciamento.

Mesmo sem muitos recursos, o esforço de ambos tem dado resultados. A educadora explica que o estudante tem progredido com o ensino e mostrado muito interesse na realização das atividades.

O diretor da escola, Samuel Nogueira Almeida, conta com orgulho que a iniciativa tem incentivado outros educadores a se reinventar nesse momento.

“Essa iniciativa representa o verdadeiro exemplo do que é ser professor. Eu, como gestor educacional, vejo que com essa iniciativa que possa acreditar na educação neste país”, comentou o diretor.

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