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Economia

Novos golpes com Pix dão prejuízo de até R$ 100 mil

Vigaristas se passam por funcionários de instituições financeiras e até apostam em um ato de desonestidade das vítimas para roubar


 

Imagem ilustrativa da imagem Novos golpes com Pix dão prejuízo de até R$ 100 mil
Pix é usado por vigaristas em várias modalidades de fraudes, incluindo um “robô” que promete prêmios em dinheiro |  Foto: MArcello Casal Jr/Agência Brasil — 04/11/2020

Ao mesmo tempo em que a tecnologia avança para facilitar a vida, criminosos se especializam para aplicar golpes pela internet com essas novas ferramentas. E com o Pix não é diferente. Desde o lançamento do meio de transação financeira, não faltam novos tipos de golpes e roubos que fazem vítimas terem prejuízos que chegam a R$ 100 mil.

Em um caso, a vítima levou um golpe na cabeça e ficou desacordada. Ela ainda foi amarrada, teve o celular roubado e, quando acordou, percebeu que R$ 100 mil tinham  saído da sua conta por meio de uma transferência via Pix. 

Mas nem sempre é preciso agressão para conseguir roubar o dinheiro da vítima. Especialistas em tecnologia e em crimes eletrônicos explicam que a moda entre os criminosos dessa modalidade é usar a “engenharia social”, criando novas modalidades de fraudes. 

Foi criado até um “robô do Pix” que promete prêmios em dinheiro a quem pagar pelo mecanismo.

Advogado especialista em fraudes digitais, Afonso Morais citou, por exemplo, o uso de falsos empregados de instituições financeiras, que usam o nome do banco para enganar as vítimas e o golpe do bug, que usa a possível desonestidade da vítima para roubar dinheiro dela.  

Sobre a “engenharia social”, o advogado explicou: é praticar o golpe de maneira natural, sem coagir. O criminoso escolhe alguém, pega sua foto nas redes sociais e descobre números de celulares de contatos da pessoa. 

Com um novo número de celular, envia mensagens para contatos, informando que teve de trocar de número devido a algum problema. Assim, aproveita e pede uma transferência via Pix.

Outro tipo de golpe citado por Morais, que é novo e tem começado a aparecer com frequência nas redes sociais, é o “golpe do bug”, que usa até mesmo da ganância da  vítima para roubar via Pix. 

“Esse golpe aproveita da má-fé da vítima, pois diz  em redes sociais  que o Pix está com alguma falha em seu funcionamento (chamado “bug”) e é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. Contudo, ao tentar tirar proveito da ação, a vítima enviará dinheiro para golpistas”.

Vítimas podem recuperar dinheiro roubado

Após ser vítima de algum tipo de golpe envolvendo transferência pelo Pix, o colunista de A Tribuna e consultor em Tecnologia da Informação, Eduardo Pinheiro, afirma que é possível recuperar o dinheiro perdido. 

Segundo Eduardo, foi lançado já há alguns meses um serviço pelo próprio Banco Central (BC), que permite à vítima resgatar o valor perdido. 

Caso caia em golpe, a vítima pode procurar o banco imediatamente e pedir o bloqueio da transferência. Para isso, a vítima deve também tirar um print do comprovante da transferência, fazer um boletim de ocorrência e acionar o Procon. Além disso, é possível pedir o reembolso direto ao banco.

“Com as novas ferramentas, o banco já toma as medidas preventivas, caso suspeite de movimentações criminosas nas contas dos bandidos ou atenda uma solicitação de bloqueio feita por parte da vítima do golpe”, explicou Eduardo.

Celular reserva sem contas para sair à rua vira alternativa

A alta de roubos, que afeta sobretudo áreas centrais e bairros nobres, tem feito alguns moradores manterem um aparelho reserva em casa por segurança. No que levam ao sair, deixam no máximo um aplicativo de banco, e com pouco dinheiro.

O celular virou o principal foco dos roubos e furtos, já que permite multiplicar o prejuízo das vítimas com invasões de contas bancárias. 

Como mostrou o Estadão em abril, os altos lucros obtidos com crimes desse tipo atraíram a atenção inclusive do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O Banco Central informou que novos mecanismos entraram em vigor para tornar o Pix mais seguro, como o bloqueio cautelar, a notificação de infração e a ampliação da responsabilização das instituições.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou estar atenta aos relatos de crimes envolvendo Pix e reforçou que “cada instituição financeira tem sua própria política de análise e devolução”.


SAIBA MAIS


Golpes populares via Pix

Falsos funcionários

  • No golpe do falso funcionário de instituição financeira, a vítima recebe contato de alguém se passando por funcionário de banco ou empresa oferecendo ajuda para cadastro da chave Pix, ou afirmando a necessidade de realizar algum teste. 
  • Assim, induz a realização de transferência bancária que será feita na realidade para a conta do golpista.

Golpe do bug

  • Esse golpe aproveita da má-fé da vítima, pois espalha em redes sociais vídeos ou mensagens de WhatsApp, por exemplo, afirmando que o Pix está com alguma falha em seu funcionamento (chamado “bug”) e é possível ganhar o dobro do valor que foi transferido para chaves aleatórias. 
  • Contudo, ao tentar tirar proveito dessa ação a vítima enviará dinheiro para golpistas.

Robô do Pix

  • Segundo afirma o site que comercializa o robô, o mecanismo aumenta em até 94% as chances de ganhar a promoção e pode ajudar o usuário a receber até mais de R$ 30 mil por mês em prêmios em espécie.
  • Para ter acesso a esse aplicativo “milagroso”, o usuário deve desembolsar quantias que podem variar de R$ 47 a 197 e comprar o robô do Pix.
  • O valor pode ser pago via boleto, Pix ou cartão de crédito. No entanto, ao optar por esta última modalidade de pagamento, a vítima corre o risco não apenas de perder dinheiro, mas também de ter o cartão clonado.
  • No entanto, quando os compradores percebem que o robô não cumpre o prometido e tentam reaver o valor pago, os criminosos desaparecem.
  • Para quem foi vítima desse tipo de golpe, o primeiro passo é entrar em contato com sua instituição bancária e solicitar o estorno.

Phishing

  • Os ataques de phishing são muito comuns e usam mensagens que aparentam ser reais para que o indivíduo forneça informações confidenciais, como senhas e números de cartões.
  • Por isso, é preciso cuidado com qualquer mensagem que receber por e-mail ou por redes sociais, principalmente as que possuem links suspeitos ou pedem dados pessoais.

Falso sequestro

  • Essa já é bastante conhecida, mas tudo se tornou mais fácil com o Pix. A pessoa entra em contato com a vítima, afirmando que sequestrou alguém da família e fala que tem um valor a ser pago. 
  • O golpista aproveita o desespero da pessoa e até imita a voz de um familiar, levando a pessoa a fazer a transferência.

Como recuperar o dinheiro

  • De acordo com o Banco Central, as vítimas de golpes ou roubos envolvendo Pix devem resolver as questões diretamente com os bancos. 
  • Para resgatar o valor perdido, o usuário pode solicitar o reembolso diretamente pelo aplicativo ou ir em alguma agência. No entanto, cada banco tem sua política de estorno.

Fonte: Afonso Morais, advogado especialista em fraudes digitais.

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