Estado lança plano de R$ 32 bilhões em investimentos que cria 100 mil empregos

| 26/11/2020, 13:44 13:44 h | Atualizado em 26/11/2020, 13:52

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2020-11/372x236/evento-governo-do-estado-47572c4f60620e4ab48cba96fda03b40/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2020-11%2Fevento-governo-do-estado-47572c4f60620e4ab48cba96fda03b40.jpeg%3Fxid%3D152060&xid=152060 600w, Projeto foi lançado na manhã desta quinta

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, lançou, na manhã desta quinta-feira (26), o Plano Espírito Santo - Convivência Consciente, que tem como objetivo trazer investimentos do poder público e da iniciativa privada que superam R$ 32 bilhões. O pacotão de investimentos gira em torno de projetos cujas obras devem ter início até 2022 e prevê a criação de 100 mil oportunidades de emprego.

O anúncio foi feito no Álvares Cabral, em Vitória. O projeto pretende ser um programa de retomada da economia capixaba, com ações que colaborem para o enfretamento da crise causada pela pandemia.

Durante o evento, Casagrande regulamentou o Fundo Soberano do Espírito Santo (Funsues), que havia sido criado em 2019. para formar, com o dinheiro do petróleo, uma poupança que garanta o desenvolvimento socioeconômico do Estado para as próximas gerações, num pensamento a longo prazo para a região.

Com o Fundo Soberano, o governo poderá ser sócio de empresas, mas o dinheiro só poderá ser utilizado para investir em empresas que tenham ligação com o Estado, e deve atender regras específicas para ser sacado. O governador confirmou que, até o momento, o Funsues já soma R$ 360 milhões em caixa. O decreto será publicado nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial.

Todo o recurso que chega ao fundo soberano é dividido em dois destinos: 40% para poupança estadual e 60% para investimento em negócios privados, conforme explicou o secretário de Estado de governo, Tyago Hoffman.

"O dinheiro só seria investido em empresas de fora do Estado se elas estiverem vindo para o território capixaba. Já para as empresas capixabas, o dinheiro será investido tanto para negócios no Estado quanto para a expansão da empresa fora. O fundo pretende ser um indutor do crescimento no nosso território e indutor do crescimento das empresas capixabas fora do Estado".

Hoffman destacou que a poupança estadual não poderá ser sacada a qualquer momento. Segundo as regras, apenas quando for possível ter um saldo remanescente de R$ 2 bilhões, atualizados, após o saque, ou em situação de crise muito profunda, que tornem as finanças públicas do Estado deficitárias, a poupança poderá ser acionada.

Hoffman comentou que o Estado aprendeu muito, com o Fundo Soberano brasileiro, sobre o que não se fazer. Hoffman aponta que, no caso nacional, o governo federal criou um fundo e, quando dava, depositava algum recurso nele.

"Precisávamos de uma fonte de recursos específica, como é o dinheiro do petróleo. Conhecemos também os fundos soberanos de Singapura e Noruega, que usamos como base. No Funsues, parte dele vai ser voltada para aplicação em empresas capixabas, e outra parte vai para uma poupança intergeracional".

O governador exaltou o Funsues durante a abertura do evento, destacando que nenhum outro estado possui um Fundo deste tipo, o que coloca o estado como pioneiro no país.

"Estamos tirando parte da receita para guardar para o futuro. Temos um Fundo Soberano, que vai se associar a investimentos privados, dentro das ações estratégicas que temos, e vai nos permitir dar continuidade aos projetos".

REFINARIA

Durante o evento, também foi anunciada a assinatura de um protocolo de intenções para a instalação de uma refinaria modular em Presidente Kennedy. O projeto é realizado pela EnP e Oil Group, e é o primeiro passo do Estado em direção à transformação do petróleo bruto em combustíveis para veículos e motores.

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