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Doutor João Responde

Doutor João Responde

Colunista

Dr. João Evangelista

Dor no peito nem sempre é infarto

| 03/08/2021, 09:45 09:45 h | Atualizado em 03/08/2021, 09:53

“O essencial é invisível aos olhos”. Eleito como sendo “ninho das emoções”, o coração é cultuado e protegido. De repente, surge aquela pontada na região desse nobre órgão, e logo vem o susto: “Meu Deus, será um ataque cardíaco?”

Algumas doenças geram sintomas muito parecidos com infarto. O ataque de pânico, por exemplo, pode facilmente ser confundido com um quadro anginoso.

Cardiologistas sabem que a sensação de opressão e dor no peito, por mais de meia hora, irradiando para o lado esquerdo do corpo, afetando o ombro, a mandíbula e o queixo, apontam para sintomas de infarto agudo do miocárdio. Além destes, outros sinais mostram claramente que há algo errado com o coração.
Suores frios, náuseas e vômitos são preocupantes sinais de alerta.

O infarto compromete, além do coração, os pulmões. Por isso, ele pode provocar tosse seca e dificuldade para respirar, ocasionando sensação de respiração curta.

Como consequência da coronariopatia, arritmias desencadeiam a percepção de que o coração está batendo fora do compasso.

A queda da oxigenação cerebral, ocasionada pelo batimento irregular do coração, pode causar tontura e perda dos sentidos.

Fraqueza excessiva e repentina não é um sintoma comum, mas costuma ser relatado por alguns pacientes infartados.

É importante lembrar que nem sempre o infarto vem acompanhado de dor precordial. Em mulheres e idosos, esse sintoma não é tão frequente quanto as pessoas imaginam.

Doença do refluxo gastroesofágico é causa mais comum de dor torácica não cardíaca, podendo ser a única manifestação da enfermidade, acontecendo devido à estimulação de quimiorreceptores da mucosa, sensíveis ao ácido clorídrico.

O diagnóstico pode ser feito através da endoscopia digestiva alta e pHmetria, a fim de afastar patologia coronariana.

Outra causa esofágica é a hipersensibilidade visceral, uma resposta decorrente de estímulos gerados no tecido esofágico, como injúria tecidual, espasmo e inflamação. Essa sensibilização periférica reduz o limiar doloroso do esôfago. Quando associada à esofagite, os pacientes, ao invés de apresentarem pirose, se queixam de dor torácica tipo anginosa.

Alguns distúrbios motores esofágicos, como acalasia e espasmo esofageano difuso, são responsáveis também por sintomas desconfortáveis na parede torácica, principalmente quando associados à disfagia e contrações peristálticas.

Entretanto, como a cardiopatia isquêmica é a principal causa de óbito no mundo, o atípico “estrangulamento do peito” justifica uma criteriosa investigação cardiológica.
Essa preocupante queixa nunca deve ser subestimada, sendo necessário excluir doença de origem cardíaca, num primeiro momento.
Como alerta meu estimado amigo, o talentoso cardiologista Dr. Maurício Oliveira Galveas: “Assim como o refluxo imita um infarto, o infarto também pode mimetizar um refluxo”.
O temor da doença é a sentinela da saúde.

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