Regras de convivência em tempos de pandemia
Obedecer e ficar atento às normas e regras nos condomínios ficou ainda mais importante durante este período de pandemia, para que todos possam conviver em segurança e harmonia. Evitar uso compartilhado do elevador, manter o distanciamento, cobrar a utilização de máscara e até mesmo a não utilização de espaços da área de lazer são algumas das ações que vieram aumentar a lista de ações do síndico e administradoras de condomínios. O objetivo é único: reforçar a importância da prevenção, da boa convivência e, principalmente, do respeito entre os moradores.
As ações adotadas em cada condomínio variam de acordo com a estrutura, recursos e a decisão acordada entre síndicos e moradores. Entretanto, algumas medidas básicas são obrigatórias a todos, como uso de máscaras por todos os funcionários e moradores, além do fornecimento do álcool gel.
“Outra ação percebida por todos foi a intensificação da limpeza de maçanetas, corrimão e locais como hall e elevador. A cada três ou quatro horas os elevadores são limpos”, aponta Maria Inês Oliveira, síndica de um prédio comercial na cidade de Serra.
Já nos condomínios residenciais o maior contratempo fica por conta do fechamento e limitação do acesso a áreas como quadras, academias, churrasqueiras, piscina e salão de festas. É o que afirma Juliana Lopes Monteiro Mendes, síndica profissional e diretora da M&M Gestão Condominial.
“O fechamento desses espaços sempre provoca questionamentos, mas precisamos controlar e evitar o acesso a certas áreas do condomínio. Os moradores têm entendido o momento e compreendido as decisões, muitas vezes tomadas de forma conjunta com os próprios moradores. Mas em algumas situações a decisão não é do síndico ou da administradora, e não pode ser levada ao debate, pois são determinadas pelo governo e órgãos da área da saúde”.
De acordo com Juliana, a comunicação com os moradores é de grande importância neste momento. Comunicados, cartazes e o envio de mensagens orientando sobre a utilização dos espaços e os cuidados a serem tomados são frequentes, bem como a disponibilização de álcool gel, distribuídos em locais como portaria e elevadores.
Assembleias
A orientação de especialistas é para que as assembleias sejam adiadas, esperando um melhor momento de realização. Caso não seja possível devem ser feitas de forma virtual, ou até mesmo presencial, mas em lugar aberto, com distanciamento seguro entre as pessoas, de forma mais rápida possível. Reforce que caso alguém apresente sintomas de gripe, febre ou garganta ‘arranhando’ não compareça ao local e evite circular pelo condomínio.
Visitantes
O acesso dos visitantes não pode ser impedido pelo condomínio, mas cabe bom senso de evitar visitas e aglomerações nas unidades.
Em relação aos prestadores de serviços e entregadores o assunto é diferente. Prestadores de serviço precisam cumprir os protocolos de saúde como todos: utilizar máscara, álcool gel, e claro, deve ser em número reduzido.
Em relação aos entregadores, muitos condomínios já adotam como regra que o morador receba os pedidos na portaria, evitando o acesso desses profissionais à área interna do condomínio.
Obras e mudanças
O condomínio não pode impedir a realização de mudança, devendo ser respeitados, claro, os dias e horários estabelecidos no regimento interno para a sua realização.
Quanto às obras a orientação é para que sejam feitas somente as obras emergenciais. Trabalhos já iniciados merecem atenção diferenciada por parte dos síndicos e administradoras para que cada caso seja avaliado pontualmente sobre a sua continuidade ou não, e até mesmo uma definição de horário diferenciado de forma a atender a continuidade da obra, mas também respeitando quem esteja em casa trabalhando ou estudando, de acordo com a situação.