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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Desafios para micromobilidade

| 15/06/2021, 10:09 10:09 h | Atualizado em 15/06/2021, 10:11

Mesmo existindo no Espírito Santo boas iniciativas de micromobilidade na forma de compartilhamento de bicicletas ainda são grandes as barreiras que impedem a transformação dos modelos locais e pontuais em investimento efetivo, em mobilidade alternativa.

As bicicletas compartilhadas no Brasil estão presentes em 13 capitais: Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Porto Alegre, Curitiba, Florianópolis, Manaus, Belém, Goiânia, Vitória, Belo Horizonte.

São inegáveis os benefícios do compartilhamento em centros urbanos, como os ganhos na mobilidade urbana, quando se cria estratégia de integração dos sistemas de compartilhamento com o transporte público. Também marca pela redução da poluição atmosférica e sonora, e a promoção de atividades físicas, além da melhoria de condições de saúde.

A própria dinâmica de compartilhamento também traz bons predicados de sustentabilidade. Contudo, o que ainda falta para colocar de pé um bom sistema metropolitano de micromobilidade?

Dois são os maiores gargalos dos sistemas de compartilhamento de Bikes em regiões metropolitanas: a integração de sistemas – integração endógena, entre sistemas de compartilhamento de Bikes, e a integração exógena, entre conjunto de modais; e a expansão dos sistemas existentes e criação de novos.

Os maiores empecilhos de integração, entre sistemas e modais associados, estão ligados às intervenções urbanas e gestão pública, ou seja, ações que promovam a conexão entre localidades, modais e sistemas, bem como a interação de tecnologias e a engenharia adequada de regulamentação e concorrência.

As maiores dificuldades de expansão de sistemas têm relação com infraestrutura urbana e financiamento. Faltam muitas ligações de ciclovias e ciclofaixas que permitam a utilização mais segura dos sistemas. O maior gargalo é a viabilidade da equação econômico-financeira.

Via-de-regra, no Brasil, os sistemas têm funcionado a partir de duas fontes de receitas: a receita do usuário, ou seja, quando este compra o plano, viagem, ticket, etc.. e a receita de patrocínio (maior parte da receita), aquela em que empresas e marcas financiam e associam a sua identidade visual ao sistema de compartilhamento. Esse braço da viabilidade tem demonstrado enfraquecimento no mercado, dificultando criação de novos sistemas.

Ultimamente têm ganhado força modelos com investimento em parcerias público-privadas, com algum subsídio de participação pública nas viagens realizadas ou apoio de patrocínio ao sistema. Esse tipo de operação está em funcionamento em Fortaleza (Ceará), Buenos Aires (Argentina) e Sorocaba (SP), dentre outros.

Urge buscar alternativas criativas para dar maior incentivo aos modelos alternativos e sustentáveis de mobilidade, buscando condições de implantação e permanência em atividade.

A solução para esse desafio não será um gesto de boas intenções, mas passa pelo envolvimento decisivo da sociedade civil neste debate e pelo exercício responsável de lideranças que coloquem esse tema na agenda das políticas metropolitanas.

Rafael Gumiero é mestre e doutor em administração, gestor executivo na Ufes junto à Diretoria de Inovação.
 

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