Delicadeza como vencedora
Aprendi que, quase sempre, a delicadeza é muito mais eficiente do que a rigidez ou truculência O motivo é simples: é mais eficiente porque cativa e envolve.
Há diversas formas de suavidade. Uma delas é personalizar e aproximar sempre que possível as relações. Inclusive, as comerciais, que hoje se tornaram mais distantes.
Lembrar do nome, não apenas da pessoa, mas de detalhes sobre sua vida é um bálsamo que faz muita diferença, ainda mais em momentos difíceis como o que estamos vivendo.
Leveza no trato! – Falar alto com os subordinados ou contagiar o ambiente com cara péssima, além de não provar nada, é pra lá de contraproducente. Ninguém é obrigado a aturar mau humor, e o ambiente pesa, pois, as pessoas não entendem e acham que é pessoal.
Foco e olhos nos olhos – Pouca gente faz, mas deveria treinar e se tornar hábito: desligar o celular sempre que começar uma reunião, almoço ou jantar. É uma forma de mostrar ao seu interlocutor que: “Nada é mais importante do que estar aqui com você neste momento”.
Surto contagia – Há alguns anos, por engano, deixei meus dados abertos em uma longa viagem internacional. Não apenas a conta do mês em que cheguei foi milionária, mas, no último dia da viagem, meu celular mergulhou em uma poça e morreu.
Fui à operadora disposta a implorar. Enquanto esperava, notei que a maior parte das pessoas que lá entravam surtava com os pobres atendentes por problemas mais variados e sem o menor pudor.
Na minha vez, mais por vergonha do escândalo dos outros do que por educação, expliquei delicadamente minha situação. O atendente, para meu alívio, moveu céus e terras, acionou outras gerências e acabou dividindo a minha conta em 24 vezes. E, de quebra, ainda saí de lá com um novo e mais poderoso celular – de graça.
Se tivesse me alterado, provavelmente, teria ouvido um irônico “senhora, sinto muito, são as regras da empresa”.
Acredite: a delicadeza é um diferencial determinante no dia a dia. A grosseria anda banalizada e poucos percebem que tudo flui melhor sem ela.
Ao bater de frente, cria-se uma barreira e um impasse. A delicadeza funciona até para ser desagradável. Experimente ser franco ao reclamar ou chamar a atenção, sem alterar o tom de voz. A pessoa vai se tocar de que o que está fazendo é inadequado.
E mostre, sim, que não concorda quando alguém estiver sendo grosso com você: reaja, nem que seja brincando. Ou diga, firmemente, algo como: “Não fala assim comigo que eu sou sensível” ou: “Eu entendi. E se você falar mais baixinho, eu consigo entender melhor”.