Coronavírus: Itália tem recorde de mortes em um dia
A Itália registrou 368 novas mortes relacionadas com o coronavírus em 24 horas, o que eleva o número de vítimas fatais a 1.809 no país, o mais afetado da Europa, segundo um balanço divulgado ontem pela Proteção Civil.
Como no sábado, o número de infectados também aumentou, com 3.509 novos casos em 24 horas, elevando o total a quase 25.000. A região de Milão, na Lombardia (norte), continua sendo a mais afetada, com 1.218 mortos e 13.272 casos.
Em meio ao confinamento vivido na Itália para conter o coronavírus, com as pessoas sem poder sair de casa, o Papa Francisco deixou o Vaticano ontem para rezar na basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
O Papa caminhou, como em peregrinação, por um trecho da Via del Corso, uma das principais artérias de Roma, que estava vazia, e seguiu a pé, acompanhado por seguranças, até a igreja de São Marcelo al Corso.
No local, encontra-se um crucifixo milagroso que, em 1522, foi levado em procissão pelos bairros para pôr fim à peste em Roma.
O pontífice argentino rezou “pelo fim da pandemia que afeta a Itália e o mundo, e implorou pela cura de muitos doentes”, assinalou a Santa Sé.
Fronteiras
A Europa tenta estabelecer medidas de proteção ante o avanço da pandemia, que já causou 2 mil mortes no continente.
O vírus começa a derrubar o princípio de uma União Europeia quase sem fronteiras: as autoridades da Alemanha decidiram fechar a partir de hoje as fronteiras do país com a França, Suíça e Áustria.
Paris também anunciou um reforço nos controles da fronteira com a Alemanha, mas sem o fechamento parcial como decidiu o governo do país vizinho.
A pandemia superou a barreira de 6 mil mortes e 160 mil infectados em todo o mundo, segundo contagem de agências internacionais.
Mas, apesar dos temores, os franceses comparecem ontem às urnas para eleições municipais. A participação era visivelmente baixa: 38,77% contra 54,72% no primeiro turno em 2014, data das últimas municipais.
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