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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Vacina contra a Covid preserva a vida de mais de 40 mil idosos

| 14/07/2021, 10:11 10:11 h | Atualizado em 14/07/2021, 10:12

Desde o ano passado, quando a pandemia registrava altos índices de óbitos, internações e um crescente número de casos de Covid-19, a luz no fim do túnel apontava para uma direção bem clara: a chegada de uma vacina para prevenir a temível doença.

Enquanto pesquisadores de todo o mundo corriam contra o tempo, do outro lado estavam todos nós, médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde travando uma guerra para salvar vidas (inclusive as nossas), juntamente com uma população no meio de um cenário de morte, incertezas e luta para continuar vivendo.

Após o ano de 2020 fechar com índices assustadores da doença, 2021 acendia com mais força a luz da esperança com a chegada da vacina. Mesmo diante dos desafios que impediam a imunização em massa em um espaço menor de tempo, a luta pela vida agora tinha uma aliada de peso.

O tão sonhado fim da pandemia ainda não chegou, mas conseguimos contemplar mais de perto os resultados que, aos poucos, surgiam em meio ao caos.

Na população idosa, tão afetada pela doença durante tanto tempo, já podemos, ao invés de contar mortes, contabilizar vidas.

Um estudo da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), em parceria com a Universidade Harvard (EUA) e o Ministério da Saúde, divulgado em meados de junho deste ano, mostrou que a vacinação contra a Covid-19 evitou, em quatro meses, a morte de mais de 40 mil pessoas acima dos 70 anos de idade no Brasil.

Quando se traduz esse resultado quantitativo para dados humanos, podemos enxergar muito mais do que números: vemos mais de 40 mil pacientes mais protegidos de uma doença que não dá nem o direito a um adeus; vemos famílias recebendo seus avós, pais e demais entes queridos de volta ao lar, depois de dias ou até meses sem saber se haveria de fato um reencontro.

Vemos também milhares de profissionais de saúde, em meio à exaustão, comemorando mais um leito de hospital esvaziado pela cura e não pela morte; vemos um País que registra mais de meio milhão de óbitos começar a contabilizar vidas que deixaram de ser perdidas.

Hoje, a luta é por um número cada vez maior de cidadãos imunizados, independentemente da idade e da sua condição de saúde. Se o ritmo de vacinação for mais acelerado, outras milhares de vidas serão preservadas.

Com a liberação de novas vacinas, até já se fala em eficácia maior ou menor.

Todas as vacinas salvam. Portanto, quando chegar a sua vez, não pense duas vezes. Tome a que for oferecida pela unidade de saúde e retorne no tempo certo para receber a segunda dose do imunizante (caso não seja contemplado com a vacina de dose única). Todas são seguras. Até serem aprovadas, passam por um processo regulatório e muito mais etapas de testes do que um medicamento.

Como bem disse o pesquisador da Fiocruz Rafael Dhália, “a proteção é individual, mas o efeito ocorre em grande escala”. E cada um precisa ter ciência do papel importante que desempenha nesse processo.

Gustavo Genelhu é médico geriatra.
 

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