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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Tiradentes

Coluna foi publicada no sábado (20)

Padre Ernesto Ascione | 22/04/2024, 10:45 10:45 h | Atualizado em 22/04/2024, 10:44

Imagem ilustrativa da imagem Tiradentes
Padre Ernesto Ascione é missionário comboniano |  Foto: Divulgação

No século XVIII, os ideais do liberalismo – Estado soberano, separação do trono do altar, liberdade de consciência, igualdade social, luta contra privilégios – tomaram conta do mundo inteiro. A liberdade – condição necessária para a vivência da fé cristã – foi fortemente limitada pela Coroa Portuguesa, mediante o “padroado”, que reduziu a Igreja a um simples “Departamento do Estado”.

Proibiu o funcionamento da imprensa, a publicação de livros, jornais, até mesmo dos documentos do Concílio de Trento (1545-1563) e a fundação de escolas superiores e universidades. A religião, sem catequese, caiu na superstição, na indiferença e numa religiosidade popular, desligada da vida.

Os EUA foram o primeiro país a tornar-se independente (1776); seguido pela França (1789), aos gritos: “liberdade, igualdade e fraternidade”. Também, no Brasil, eclodiram protestos contra a Coroa Portuguesa, como a “Revolta do Maranhão” (1684-1685), “a Revolta dos Quilombos dos Palmares” (1695), do Zumbi e Dandara, a “Inconfidência Mineira” (1792), em que se destacou Joaquim José Silva Xavier (Tiradentes); a “Revolução Pernambucana” (1817), cujo mártir foi Frei Caneca e a “Revolta dos Malês”, em Salvador (Bahia), antiga capital brasileira, que quase se tornou uma República negra ou califado baiano (1835).

A Independência do Brasil, sonhada pelos “Inconfidentes mineiros”, ocorreu 30 anos depois, em 1822, por Dom Pedro 1º. Pouco antes da execução, Tiradentes gritou: “Libertas, quae sera tamen” (liberdade, tarde, mas, chegará). Grandes defensores dos índios, negros e humildes camponeses foram o clero e as ordens religiosas, em que se destacaram os padres jesuítas, Manuel da Nóbrega, José de Anchieta, Antônio Vieira e Gabriel Malagrida, cuja atuação, firme e corajosa, teve um cunho profético. Pelos historiadores, estes missionários se encontram entre as maiores personalidades da história do Brasil.

Lider da “Inconfidência Mineira”, Tiradentes nasceu em 12 de novembro de 1746, na então capitania de Minas Gerais. Desempenhou várias profissões: dentista, – apelidado, por isso, de “Tiradentes” –, tropeiro (condutor de tropas de animais), mascate (mercador ambulante) e minerador. A profissão de “alferes” lhe rendeu estabilidade econômica e grande prestígio: chegou a comandar a tropa, que monitorava a estrada, que ligava Vila Real (Ouro Preto) ao Rio de Janeiro.

A “Inconfidência Mineira” lutou contra o escravagismo da monarquia portuguesa. O estopim da revolta foi a cobrança de impostos exorbitantes sobre as riquezas da região: a quinta parte, o 20% do ouro produzido, era do governo. Por sua participação nesse movimento independentista, foi condenado à pena capital, por enforcamento. Sua morte aconteceu em 21 de abril de 1792, dia declarado feriado nacional.

O amor à pátria encontra-se entre os maiores e mais nobres amores da vida. O tema “pátria” é fundamental na história bíblica: o povo de Israel buscou, sem cessar, uma pátria para preservar sua soberania, cultura e espiritualidade.

Os cristãos também procuram alcançar a pátria celeste. Aqui, na Terra – animados por um patriotismo universal e sem fronteiras – buscam a unificação social e política de todos os povos. Superando velhos rancores e discriminações nacionalistas, acalentam, também, um internacionalismo latino-americano, que assegure paz, prosperidade e felicidade a todos os seus povos.

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