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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Se é possível alguém aproveitar, não é lixo!

Coluna foi publicada no sábado (09)

Marco Antonio Valente | 11/12/2023, 10:17 10:17 h | Atualizado em 11/12/2023, 10:20

Imagem ilustrativa da imagem Se é possível alguém aproveitar, não é lixo!
A economia circular é um conceito que ganhou destaque, nos últimos anos, e propõe que os resíduos não sejam vistos como algo a ser eliminado, mas, sim, como recursos que podem ser reintegrados ao ciclo produtivo |  Foto: Canva

A palavra “lixo” é usada, historicamente, para designar aquilo que já não tem mais serventia para quem o descarta, mas nós precisamos mudar esse raciocínio, em prol de uma sociedade mais sustentável. O que não serve para alguns pode ter grande valor para outros. Logo, nem tudo que você descarta é lixo. Lixo é somente aquilo que não dá mais para ninguém aproveitar!

O significado da palavra foi, inclusive, atualizado recentemente, a fim de conscientizar as pessoas sobre a importância da “cultura dos Rs”, de reduzir, reutilizar, reciclar e repensar.

Lixo, segundo o dicionário, agora designa “qualquer material que ainda não pode ser reciclado ou reutilizado ou compostado”. Resíduo é o termo adequado para se referir a algo que foi descartado por alguém, mas passa a ter utilidade em outro processo produtivo, como matéria-prima na indústria, por exemplo, por meio da reciclagem.

A forma como falamos para descrever esses materiais desempenha papel importante na mudança de mentalidade em relação ao descarte. Mais do que uma reavaliação da linguagem, é necessário que cada um faça uma reavaliação da própria consciência ambiental. Antes de considerar que algo é descartável, avalie se, em algum lugar da cadeia produtiva, ele pode ter utilidade e propósito.

A economia circular é um conceito que ganhou destaque, nos últimos anos, e propõe que os resíduos não sejam vistos como algo a ser eliminado, mas, sim, como recursos que podem ser reintegrados ao ciclo produtivo.

Essa conscientização fortaleceu, inclusive, a busca por meios de diminuir a quantidade de rejeitos no meio ambiente. Muitas coisas que antes eram realmente lixo, que tinham como única possibilidade de destino o aterro sanitário, agora já não são mais, porque podem passar por tratamentos que as tornam úteis novamente.

Materiais recicláveis, por exemplo, têm potencial para serem transformados em novos produtos, evitando a extração de mais recursos da natureza e reduzindo os impactos ambientais. Pesquisadores têm se debruçado sobre isso, desenvolvendo soluções para reduzir o impacto do consumo sobre o meio ambiente e a nossa própria sobrevivência. Pessoas criativas, Brasil afora, inventam, dia a dia, soluções para transformar o que seria rejeito em algo funcional.

Essa conscientização, entretanto, precisa fazer parte do cotidiano das pessoas, nas residências, nas empresas, na rotina diária de separar o que tem ou não chance de ser aproveitado. Um levantamento da Abrelpe, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, mostra que, apesar de mais de 70% das cidades brasileiras já possuírem coleta seletiva, só 30% das pessoas separam, em casa, o lixo seco do orgânico.

Chamar algo de “lixo” pode perpetuar a ideia de que é sem valor, quando, na realidade, deve-se reconhecer o potencial desses materiais para serem reaproveitados, reciclados ou transformados em recursos valiosos.

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