São Paulo, o santo junino esquecido

Dia 29 de junho é dedicado também a um santo apóstolo pouco lembrado nos festejos juninos, São Paulo, um dos líderes da Igreja Cristã Primitiva

Manoel Goes Neto | 29/06/2023, 13:26 13:26 h | Atualizado em 29/06/2023, 13:27

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/img/inline/140000/372x236/Sao-Paulo-o-santo-junino-esquecido0014366400202306291326/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fimg%2Finline%2F140000%2FSao-Paulo-o-santo-junino-esquecido0014366400202306291326.jpg%3Fxid%3D573498&xid=573498 600w, Manoel Goes Neto é escritor e diretor no Instituto Histórico e Geográfico do Estado (IHGES)
 

Junho, final do outono e início do inverno aqui no Hemisfério Sul, mês de homenagens nas tradicionais festas juninas, onde no dia 13 é comemorado o santo casamenteiro Santo Antonio. Em seguida, no dia 24 celebra-se o do dia de São João. E finalizando o mês, no dia 29 o dia de São Pedro. Na sua origem as festas juninas foram trazidas para o Brasil pelos portugueses, no período colonial, com forte influência dos seus elementos culturais, como também chineses, franceses e espanhóis.

Com o passar do tempo, essas influências foram misturadas aos aspectos culturais brasileiros com os afro-brasileiro e dos povos originários, assumindo características peculiares em cada região do País. 

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Alguns historiadores explicam a origem do termo “festa junina” de duas maneiras: a primeira religiosa, por motivo óbvio, devido às homenagens aos três santos católicos. E outra explicação surgiu nos países católicos da Europa, sendo homenageado apenas o São João, sendo então, no início, a festa ser chamada de “Joanina”. 

Aqui em Vitória, mais especificamente na Comunidade de São Pedro, na Praia do Suá, temos a tradicional Festa de São Pedro, que acontece desde 1929, estando portanto neste ano na sua 95ª edição, com grande procissão marítima e bênção dos anzóis, tendo também feira gastronômica, apresentações culturais e shows musicais. 

A tradicional procissão marítima leva imagens de São Pedro, padroeiro dos pescadores, e de Nossa Senhora dos Navegantes, acompanhados de barcos de pescas enfeitados e embarcações diversas, da capital e de outras cidades da Grande Vitória. 

Por terra a procissão vai até a Capitania dos Portos, próximo à Praça Cruz do Papa, onde se inicia a parte marítima do píer da Praia do Suá, percorrendo a Beira-Mar até o Centro de Vitória e retornando ao ponto de partida. A tradicional festa do santo padroeiro da comunidade paroquial e dos pescadores faz parte do calendário de eventos da cidade e da história do bairro.

É importante registrar que o dia 29 de junho é também dedicado a um outro santo apóstolo pouco lembrado nos festejos juninos, São Paulo, que tal como São Pedro fora martirizado, este crucificado de cabeça para baixo e São Paulo decapitado. 

São Paulo é também considerado como um dos principais líderes da Igreja Cristã Primitiva, pela demonstração de fé e pregação, como pelo ardor e pelos cuidados como missionário. 

São considerados também os pilares de sustentação da Igreja, sendo São Pedro o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. São Paulo, irmão de São Pedro, é considerado o santo da universalidade, conhecedor de muitas culturas e com um coração universal, sendo um dos maiores propagadores do cristianismo.

Manoel Goes Neto é escritor e diretor no Instituto Histórico e Geográfico do Estado (IHGES)

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