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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Desafios da economia em 2022

Ricardo Paixão | 17/01/2022, 10:13 10:13 h | Atualizado em 17/01/2022, 10:13

O ano de 2021 foi desafiador para a economia brasileira e 2022 não será diferente. Conforme dados do Relatório de Mercado Focus, do Banco Central do Brasil, o mercado financeiro espera para este ano um IPCA de 5,03%, um crescimento do PIB de 0,36%, uma taxa de câmbio de R$ 5,60 e uma Selic de 11,5%. 

Se esse cenário se confirmar, teremos uma conjuntura caracterizada, principalmente, por uma brusca desaceleração do crescimento econômico. Ou seja, não conseguiremos gerar emprego e renda suficientes para fazer a engrenagem da economia girar de forma significativa.

São inúmeros os obstáculos que teremos pela frente para fazer o País voltar para os trilhos do crescimento econômico, mas dois deles merecem destaque devido seu potencial de gerar instabilidade econômica e social, no curto prazo: o desemprego e a inflação.

Embora os índices de desemprego tenham apresentado uma leve queda nos últimos levantamentos, ficando em torno de 13,2%, essa pequena recuperação se dá com vagas de baixa qualidade, com poucas horas de trabalho e queda acentuada no rendimento médio da população ocupada. E ainda, na última pesquisa divulgada pelo IBGE, mostra que o Brasil tem a 4ª maior taxa de desemprego do mundo numa lista com 44 países. 

Já a aceleração da inflação, oriunda das pressões nos custos de diversas cadeias produtivas provocadas pela pandemia e, no Brasil, tem sido turbinada pela alta na taxa de câmbio e crise hídrica, impactando diretamente nos preços dos alimentos e da energia. Além da inflação mais alta afetar o poder de compra das famílias e a dinâmica do consumo. 

Somente esses dois problemas, inflação e desemprego, inviabilizam a famosa estratégia de fazer o país crescer via consumo das famílias. Medida que possibilitou a retirada de várias famílias da linha da pobreza do País (segundo o Banco Mundial, são 26 milhões de pessoas, entre 2003 e 2013), possibilitando mais acesso ao consumo e ao crédito. Além, é claro, de o governo ter incentivado esse consumo por meio da redução de impostos (IPI e IOF, por exemplo) e da concessão de crédito.

Mas, diante da mudança no cenário econômico provocado pela pandemia, o que se viu foi um aumento acentuado no endividamento das famílias. Combinado com elevado nível de desemprego e aumentos descontrolados nos níveis de preços, provocando perda de poder de compra do consumidor, pressionando ainda mais o já reduzido orçamento das famílias. 

O resultado dessa equação é que as famílias não estão conseguindo mais arcar com as suas dívidas, reduzindo significativamente o consumo.

Diante desse cenário, não resta dúvida que o governo terá grandes desafios pela frente para fazer o País voltar a crescer com geração de emprego e renda. 

Para isso, poderia dar o primeiro passo criando grupos de trabalho, reunindo conceituados especialistas de diversas correntes ideológicas, com o objetivo de estudar e propor soluções factíveis para os principais problemas que impedem o País de crescer. Apresentando os resultados e dialogando com a sociedade civil organizada.   

RICARDO PAIXÃO é economista e membro do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo.

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