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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Centenário de Eliezer Batista: de Nova Era para o mundo

Coluna foi publicada no sábado (04)

Cléber Guerra | 06/05/2024, 10:45 10:45 h | Atualizado em 06/05/2024, 10:45

Imagem ilustrativa da imagem Centenário de Eliezer Batista: de Nova Era para o mundo
Cléber Guerra é engenheiro agrônomo |  Foto: Acervo pessoal

Para comemorar o centenário, neste dia 4 de maio de 2024, do engenheiro novaerense Eliezer Batista, o empresário Fernando Ribeiro inovou ao reeditar o livro: “Conversas com Eliezer”, de autoria de Luiz Faro, Carlos Pousa e Cláudio Fernandes.

O capixaba, na apresentação do livro, ressaltou: “Todos os superlativos são insuficientes para reverenciar o engenheiro Eliezer Batista, em especial sua capacidade de transformar sonhos em realidade. (...) Tive o privilégio de ser um dos que foram capturados por esse campo magnético, o que marcou minha trajetória de engenheiro e empresário”.

O livro foi elaborado com o próprio biografado, após várias horas de entrevistas, que agregou muita presença de espírito e humor.

No prefácio, os autores pedem desculpas pela incapacidade de traduzir a real grandeza do Eliezer e terminam perguntando: “A Eliezer Batista, nossa admiração e perplexidade. Afinal, como pode existir alguém assim?”

Nas últimas páginas, Eliezer demonstra toda sua paixão pela região de Pedra Azul (ES), onde reunia toda a família. Ele ainda construiu duas frases antológicas: “Ter filhos é chegar no céu; ter netos é tocar na mão de Deus” e “Há duas grandes satisfações na vida de um homem: deixar uma grande obra e ter filhos melhores do que ele”.

Eliezer Batista foi presidente da Vale por dois períodos: 1961-1964 e 1979-1986. Em 1979, foi chamado a reassumir a Vale para tirar o projeto Carajás da prateleira, quando teve que romper com a parceira United S. Steel, que brigava pelo direito exclusivo da extração do minério de Carajás.

Diante da premissa de que “o minério é barato, caro é o transporte”, Eliezer criou verdadeira obsessão de integrar mina, ferrovia, usina siderúrgica e porto, com vistas a exportar produtos de maior valor agregado e economicidade. Isso foi uma revolução, pois, até 1960, as siderúrgicas estavam próximas das minas, como a Usiminas, Acesita, Belgo Mineira, etc. Já a partir de 1970, a Vale estava altamente diversificada: siderurgia, mineração, porto de águas profundas, transporte ferroviário (Estrada de Ferro Vitória a Minas), navegação de granéis líquidos e sólidos, papel, celulose, fertilizantes, além da estrutura comercial no exterior.

Eliezer Batista idealizou três dos maiores projetos do Brasil moderno, que transformaram a Vale numa companhia de logística internacional: 1) Porto e Siderúrgica Tubarão (1980); 2) Projeto Carajás (1980); e 3) Porto Sepetiba (1982), todos no conceito de integração para racionalizar transportes e reduzir custos. Em todos eles, encontrou resistências internas, falta de apoio político e de orçamento governamental.

Porém, com o auxílio do domínio de cinco línguas, lançou-se mundo afora para conquistar parcerias e captar recursos, obtendo êxito pleno, depois de obter a confiança, sobretudo dos japoneses.

Portanto, mais do que um homem à frente de seu tempo, Eliezer Batista da Silva, nascido há 100 anos em Nova Era (MG), foi um homem do mundo, que dedicou toda sua vida a pensar o Brasil do futuro, até seu falecimento, aos 94 anos, em junho de 2018.

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