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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

A vida e a arte

Coluna foi publicada no domingo (21)

Pedro Valls Feu Rosa | 22/04/2024, 11:26 11:26 h | Atualizado em 22/04/2024, 11:26

Imagem ilustrativa da imagem A vida e a arte
Pedro Valls Feu Rosa é desembargador do Tribunal de Justiça do Espírito Santo |  Foto: Divulgação

Dizem ser politicamente incorreto avaliar limites para a liberdade de expressão. Porém, inimigo inflexível que sou da “ditadura do politicamente correto”, segue meu singelo texto.

Começo por um relatório da Sociedade Internacional de Pesquisa sobre Agressividade, no qual lê-se que “as evidências indicam que a violência exposta na mídia pode atuar como um gatilho para pensamentos agressivos ou sentimentos já existentes”.

Encontrei um outro estudo da Academia Norte-Americana de Pediatria, denominado “Tendências à Violência com Armas de Fogo em Filmes”.

Separei uma frase: “Pesquisas prévias demonstraram que a mera presença de armas eleva os níveis de agressividade, compondo o “efeito das armas”: a violência nos filmes tem aumentado ao longo do tempo e isto aumenta o número de agressões”.

Segue então uma constatação assustadora: “Os resultados mostram que a violência nos filmes mais do que dobrou desde 1950 e o número de atos violentos praticados com armas de fogo mais do que triplicou desde 1985”.

E “desde 2009, programas destinados a um público com idade inferior a 13 anos apresentam tanta ou maior violência que aqueles anteriormente destinados a maiores de 17 anos”.

Li que “mais de 50 outros estudos constataram a existência do “efeito das armas”, tanto dentro como fora de laboratórios, sobre pessoas calmas e agressivas. Armas podem induzir agressividade mesmo quando as pessoas não as veem. Em um dos estudos, por exemplo, pessoas que foram expostas a palavras simplesmente descrevendo armas (revólver, por exemplo) por apenas 0,17 segundo mostraram maior agressividade posterior que aquelas expostas a termos neutros (água, por exemplo). Estas descobertas sugerem que há uma forte ligação entre armas e agressão na memória das pessoas”.

Encontrei então uma séria nota pública de seis importantes organizações norte-americanas: “A conclusão da comunidade responsável pela saúde pública, baseada em 30 anos de pesquisas, é que assistir a filmes violentos pode induzir atitudes, valores e comportamento mais agressivos, especialmente em crianças”.

Qual seria a extensão de tal indução? Com a palavra a Escola de Medicina de Nova Iorque (Estados Unidos): “Crianças que assistem a cenas de violência e jogam videogames violentos são 11 vezes mais propensas a apresentarem comportamentos agressivos”.

Descobri um alerta da Associação Americana de Psicologia no sentido de que antes de completarem o 1º grau as crianças norte-americanas já viram 8 mil assassinatos e 100 mil atos de violência na TV.

Enquanto isso, Devin Moore, um americano comum, viciou-se em um violento videogame em que o objetivo é roubar carros e matar policiais. Eis que um dia, sem o menor motivo, saiu pela rua decidido a roubar um carro. Acabou preso. Ao chegar à delegacia, pegou uma arma e matou três policiais.

Esse jovem de apenas 22 anos, ao ser condenado à morte, declarou algo chocante: “A vida é como um videogame: uma hora você morre”.

Pois é: concluí que agredir e matar devem ser politicamente correto!

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