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Tribuna Livre

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Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

150 anos da presença italiana no Espírito Santo

Coluna foi publicada nesta sexta-feira (23)

Manoel Goes Neto | 23/02/2024, 18:46 18:46 h | Atualizado em 28/02/2024, 13:20

“A primeira expedição de italianos para o Espírito Santo foi batizada com o sobrenome do seu idealizador, Pietro Tabacchi. De acordo com o sociólogo Renzo M. Grosselli, no livro “Colônias Imperiais na Terra do Café”, da Coleção Canaã do APEES, Tabacchi era um italiano oriundo de Trento que já se encontrava no Espírito Santo desde o início da década de 1850, onde adquiriu uma fazenda no município de Santa Cruz (atual Aracruz).

Ao observar o interesse do Brasil pela mão de obra europeia, ele decidiu oferecer terras para os imigrantes em troca do direito de derrubar 3,5 mil jacarandás para exportação.

Foi a primeira expedição em massa de camponeses da Itália para o Espírito Santo e daria início à epopeia emigratória dos italianos para o Brasil. Porém, os colonos logo perceberam que foram enganados pelas falsas promessas de Tabacchi. Não havia terras preparadas e a situação nos alojamentos era caótica. Esses fatos, somados a uma difícil travessia pelo Atlântico, foram ingredientes que culminaram na primeira revolta. O descontentamento era grande e a rebelião só foi contida pela ação da força policial. Por outro lado, os imigrantes obtiveram informações sobre as colônias oficiais, nas quais teriam melhores condições de trabalho e a oportunidade de serem donos dos seus lotes”, registrou o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo - APEES.

O “Dia Nacional do Imigrante Italiano” é comemorado em 21 de fevereiro, em referência à chegada em 1874 da Expedição de Pietro Tabacchi ao Espírito Santo, evento que inaugura a imigração em massa de italianos para o Brasil. Ao todo, foram 388 camponeses - trentinos e vênetos - que embarcaram no navio à vela “La Sofia” e chegaram ao porto de Santa Cruz em busca de oportunidades, trabalhos e vivências. Para celebrar a data temos uma ampla programação com atividades culturais que envolvem músicas, danças, religiosidade e comidas típicas. Uma demonstração da importância da imigração na história e desenvolvimento do Espírito Santo, divulgando nossa cultura para o País e o mundo.

Recomendo a leitura do excelente livro/documento histórico “Imigração – A moderna ocupação e povoamento do Brasil e do Espírito Santo” do mestre historiador Gabriel Bittencourt e também o livro “Viagem às colônias italianas do Espírito Santo” de Arrigo De Zettiry, tradução de Nerina Bortoluzzi Herzog, edição APEES, onde dá detalhes da visita do exigente e sério Comissário da Emigração, Dr. Arrigo de Zettiry que em 1902 visitou núcleos de colonização e antigas fazendas escravocratas, onde se encontravam famílias italianas, que no seu relatório final revelou a situação dos italianos e seus descendentes no interior do Espírito Santo, após o quarto de século do início da colonização.

Sua vinda ao ES se deveu ao boato que corria na Itália e que chegou ao governo, de que muitos dos italianos que haviam emigrado – desde 1874 estavam passando por sérias dificuldades financeiras e que não cumpriam com o acordado com as autoridades italianas.

Imagem ilustrativa da imagem 150 anos da presença italiana no Espírito Santo
Manoel Goes é escritor e produtor cultural |  Foto: Divulgação

MANOEL GOES NETO é produtor cultural, diretor no IHGES e escritor.

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