Erick garante “total e absoluta” governabilidade a Casagrande
Rompendo o voto de silêncio que fez sobre a disputa da Mesa Diretora, o presidente da Assembleia, Erick Musso, em sua primeira entrevista sobre o assunto, agradeceu o apoio do governador ao seu nome e garantiu um biênio de estabilidade e governabilidade para o governo Casagrande.
Na noite de quinta-feira (21), o chefe da Casa Civil, Davi Diniz, entrou em contato com os deputados estaduais e disse que o governo iria caminhar com Erick. O líder do governo, Dary Pagung, também estava na disputa do comando da Ales. “Sou muito grato ao governador pelo voto de confiança”, disse.
Erick garantiu também que o seu partido, Republicanos, é da base aliada, mas evitou falar de composição para 2022, embora tenha sinalizado que os dois grupos políticos irão caminhar juntos.
Veja um trecho da entrevista que Erick Musso deu à Coluna Plenário:
COLUNA PLENÁRIO – Como foi a construção do seu nome para a presidência?
ERICK MUSSO – Tínhamos três candidatos desde o início (Erick, Marcelo Santos e Dary Pagung), três nomes que figuraram, porque eles nunca disseram que seriam ou não. E com a ajuda do governo, sob a liderança do nosso governador Casagrande e também diálogo com todos os deputados acredito que estamos conseguindo chegar a um denominador comum, de uma chapa consensual, de estabilização da Assembleia. Sobretudo de união, que é tudo que nós precisamos nesse momento de pandemia.
O que conversou com o governador? Qual foi sua proposta?
Eu acho que as entregas que eu fiz, sempre fui um presidente equilibrado, que criou harmonia entre os poderes, seja com o Judiciário, o Ministério Público, o Tribunal de Contas e sobretudo com o governo, é só ver as votações. O governo sempre teve suas matérias aprovadas.
E eu disse isso a ele, pedi o apoio dele e sou muito grato ao gesto de confiança do governador, para que eu possa conduzir os trabalho nos próximos dois anos à frente da Casa, dos deputados. É um trabalho que precisa continuar avançando. Ele entendeu as razões e também dialogou muito com os parlamentares.
Há uma aliança entre PSB e Republicanos a partir de agora, visando 2022?
Falar de período eleitoral agora é muito prematuro. O que tem é uma aliança em favor dos capixabas. O governador sabe que poderá contar comigo e com a Assembleia. Se for da vontade de Deus e da confiança dos deputados, eu passarei a presidir a partir do dia 1º em favor das causas importantes do nosso Estado.
Mas posso dizer que a partir de agora o Republicanos faz parte da base aliada do governo?
Pode. Mas assim, nunca deixamos de ser base. Qual dia que deixei de dar uma aprovação, um debate, de estar ao lado do governador? Essa coisa de Republicanos não ser base, é uma narrativa desconstrutiva. O que eu quero afirmar é minha gratidão ao governador pela confiança, (gratidão) aos meus colegas deputados e deputadas que estão nessa construção coletiva. Estamos buscando a totalidade, pela primeira vez acho que vamos conseguir essa totalidade, temos uma semana pela frente. Mas minha gratidão é ao governador que liderou esse processo com sabedoria, serenidade, sempre falou que os três eram bons nomes e que não queria uma Assembleia com fissura, com sequelas e isso será retribuído com o trabalho e estabilização não só do governo Casagrande, mas das pautas do Espírito Santo.
Quando você fala em retribuição, você está garantindo a governabilidade?
Total e absoluta governabilidade.
Você já conversou com Marcelo e Dary? Eles poderão fazer parte da Mesa?
Conversei com os dois. Eles são amigos queridos, nossa relação é harmoniosa. A chapa vai começar a ser discutida na semana que vem.
Mais sobre a entrevista do presidente da Assembleia Erick Musso e os bastidores da eleição da Mesa Diretora na Coluna Plenário deste sábado (23),