Normalidade demais é ruim para você
Coluna foi publicada no sábado (05)
Todos nós vivemos uma normalidade a partir do modelo de comportamento que é estabelecido pelas regras e normas da sociedade na qual estamos inseridos. Podemos dizer que ser normal é viver de acordo com aquilo que é permitido e aceito pela sociedade.
Há um pensamento que diz que uma mentira contada mil vezes acaba se tornando uma verdade. Um determinado comportamento vivenciado repetidamente também acaba por se tornar aceito, mesmo sendo algo ruim e que gere sofrimento para as pessoas.
Existem aqueles que se acostumaram a viver subjugados pelos outros e em sofrimento. Parecem ter desistido de sonhar e de buscar viver melhor. A maioria se adapta a um ambiente sociofamiliar que o adoece. Quem não se adapta a isso é visto como desajustado e problemático.
Veja alguns exemplos de comportamentos ruins que podem se tornar “normais” para determinadas pessoas e grupos:
- Pais que se acostumam a ser maltratados e desrespeitados pelos filhos.
- Esposas que aceitam passivamente o desrespeito e a indiferença dos maridos, por dependerem deles economicamente ou emocionalmente.
- Pessoas que convivem com amigos ou familiares abusivos e tóxicos, por medo de perder a amizade e a atenção deles.
- Políticos que não veem problemas em desviar ou tomar para si o dinheiro de projetos sociais que seriam para o benefício da população e da cidade.
- Indivíduos que aceitam viver em situação de limitação e de dependência por medo de mudanças e de correr riscos.
Várias outras situações poderiam ser citadas de pessoas que aceitam passivamente uma normalidade que é ruim para ela. O seu estilo de vida pode estar te tornando doente ou te gerando sofrimento.
Um grande obstáculo à superação da normalidade e da mesmice que a sua vida se tornou é o medo das críticas, censuras e reprovações que irá ouvir das pessoas à sua volta. O pensamento do grupo ao qual pertencemos pode ser um grande impeditivo aos seus movimentos de mudança e de superação.
É dessa forma que as pessoas ficam aprisionadas nas crenças limitantes que incorporaram ao longo de sua vida. Elas não se permitem crescer e evoluir na vida, no trabalho e nas relações.
O indivíduo normótico segue a ideia do grupo pelo simples fato de todos pensarem daquela forma. Esse tipo de problema acomete qualquer um, independente da sua situação financeira ou status social.
Existem pessoas muito bem socioculturalmente, mas que são prisioneiras de si mesmas pelos pensamentos e comportamentos equivocados que adotam no seu dia a dia.
Quando a normalidade familiar ou social te adoece e te causa infelicidade é hora de buscar a mudança e uma “anormalidade” saudável que te faça se sentir melhor. Se normal é fazer algo igual a todo mundo, então, seja anormal.
Converse com as pessoas, fale outras línguas, experimente novos sabores, atravesse a rua, não caia mais nas mesmas armadilhas. Pare de repetir ciclos de desesperança e tristeza só porque todos vivem a mesma coisa. Mude o seu modo de pensar. Viva um modelo de abundância em vez de escassez. Acredite que você pertence a uma vida que é boa e rica de possibilidades.
