A quem você está culpando agora?
Coluna foi publicada no sábado (04)
Há pessoas que diante de uma crise ou de diferença de ideia emburram e querer ir embora. Elas mostram dificuldade em fazer enfrentamentos nas situações de crise e de estresse. Se sentem ofendidas porque não são compreendidas e ninguém as ajudam nas suas necessidades e nos seus problemas.
Nessas circunstâncias, recusarão a atenção e ajuda até mesmo daqueles que lhe querem bem e que convivem com ela. Sempre colocará a culpa no outro. Esse comportamento é aprendido em família, quando veem alguém de referência fazendo assim. Aí, ela repete sem perceber aquele comportamento de autovitimização e de culpabilização do outro por erros que ela mesma cometeu.
Então começa a desenvolver o pensamento de que o mundo está contra ela e que ninguém a entende, ninguém a percebe e a ajuda. Ela potencializa tudo o que acontece e coloca um tamanho que não tem e que não é real. Assim, começa a se maltratar por exigir que os outros tenham que fazer as coisas à sua maneira. Como eles não conseguem, uma guerra de emoções e pensamento negativos começa ali.
Numa família adoecida desse mal, todos repetem o mesmo problema e acabam sempre numa briga e numa discussão. Para esses, reclamar e colocar defeitos em tudo se torna um hábito.
Se tornam pessoas murmurantes e reclamantes. Tudo está ruim, tem sempre um defeito em alguém, há sempre algo do que reclamar. Iniciam uma atmosfera de briga e discordância onde antes havia um ambiente de harmonia.
Com o pessimismo e as queixas desnecessárias, obstáculos serão criados para situações que antes poderiam ter sido muito fáceis de solucionar. Elas desenvolvem uma audição seletiva e passam a ouvir as palavras dos outros como ofensas e críticas.
Gente assim vive reclamando das coisas que acontecem com elas. Mesmo se for algo bom e positivo, poderá se tornar ruim e negativo.
Para esses, o culpado será sempre os outros, principalmente quem está mais próximo e que convive mais com ele, tipo: pai, mãe, irmãos, filhos, colegas, escola e trabalho. No ambiente familiar é onde tendem a surgir os maiores conflitos.
Quando passa a ter entendimento e compreensão de sua essência como pessoa, começa a ver isso mais facilmente e mais conscientemente. Ao perceber suas limitações e seus equívocos de antes, é preciso tomar cuidado para não cair no processo de culpabilização e de autopunição.
Não se culpe e nem se apresse no processo de mudança. Aos poucos, tudo irá se estabilizando e se equilibrando. Sua vida será melhor quando você se comprometer a reclamar menos e valorizar mais os aspectos positivos do seu dia a dia.
Exercite a capacidade de perdoar e de reagir aos fatos negativos que vivencie. Esquecê-los irá aumentar a sua força interna.
Procure pensar mais positivamente. Faça frequentemente uma lista das boas coisas que acontecem em sua vida, por menores que sejam e diga: Obrigado Deus!
A sua mudança para melhor não depende de ninguém fora de você. Nem de um superprêmio em dinheiro e nem da aparição de um Ser Divino à sua frente. Sua mudança acontecerá a partir da sua decisão em ser alguém mais positivo e confiante em dias melhores na sua vida.