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Olhares Cotidianos

Olhares Cotidianos

Colunista

Você é dono da sua vida?

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (25)

Sátina Pimenta | 25/01/2024, 10:22 10:22 h | Atualizado em 25/01/2024, 10:21

Já percebeu como tem sempre alguém para dar uma “opinião” sobre algo? As mães são exemplos claros disto. As pessoas, e neste caso quaisquer pessoas, acham que podem opinar sobre como as famílias alimentam, brincam e educam seus filhos. Tem até um termo em inglês para tal intromissão na vida materna: mom-shaming.

A consequência é que estas mães estão sempre em movimento de alerta e de defesa enquanto estão sendo mães, pois a qualquer momento alguém pode aparecer e criticá-las.

Sentimento de insegurança, frustração, raiva e tristeza estarão sempre presentes. Outro exemplo marcante é o nosso corpo. “Mas o meu corpo é meu!”, alguns diriam. Entretanto, já reparou que tem muitas pessoas por aí que são fiscais do corpo alheio?

Experimente engordar ou emagrecer. Tem sempre um que vai falar algo! Vejam só, a artista Jojo Todynho estava neste final de semana nos ensaios técnicos das escolas de samba do Rio de Janeiro. Lá ela exalando em todos os seus poros alegria!

Mas foi aparecer uma foto nas redes que os fiscais do corpo alheio começaram a criticar o corpo dela. A alegria já não importava, a felicidade estampada em cada foto foi ignorada!

O que parecia necessário era analisar minuciosamente suas formas! Mariana Xavier, artista, alerta ainda: estamos tão acostumados a tomar conta da vida do outro que o fazemos como se fosse um favor ou um elogio.

No caso, mandaram uma mensagem nas redes a parabenizando por ter emagrecido. E não para por aí!

Quando você tem um problema de relacionamento, há milhares de pessoas que têm a solução mágica – que, óbvio, você não possui – e mesmo sem você pedir a ofertam como se fossem os novos gurus do amor.

Mas por que opinamos tanto sobre a vida das pessoas? Escrevi no plural, porque tanto eu quanto você que está lendo fazemos isso! Sejamos honestos.

Quando opinamos sobre a vida dos outros podemos estar diante de um processo de manutenção de regras sociais, ou seja, opinamos para que as pessoas reflitam sobre as normas sociais existentes e as sigam.

Fazemos isso pois somos seres sociais e teoricamente temos um pacto social que determina condutas que trazem harmonia para coletividade. Então, estamos fazendo julgamentos sociais.

Todavia, na maioria das vezes que opinamos sobre a vida alheia, estamos falando mais de nós do que da pessoa na qual “dizemos” nos importar.

Estamos realizando comparações, estamos impondo as nossas crenças individuais, estamos apresentando parte das nossas inseguranças e ainda por vezes estamos deixando de ser empáticos.

Na psicologia trabalhamos muito com como agimos frente ao comportamento do outro. Principalmente as críticas que eles despejam sobre nós.

Ao analisarmos tais ações, verificamos o que nos pertence – pois às vezes estamos cegos sobre nós mesmos – e o que pertence ao outro. Por vezes você verá as pessoas projetando as suas expectativas e dores nos outros, sejam eles seus filhos, sejam eles um artista que não pode mostrar o seu corpo no Carnaval e sejam eles pessoas que possuem o relacionamento que almejam mas não têm.

O importante é que tenhamos consciência destas ações, tanto quando projetamos quanto quando recebemos as críticas ou “opiniões”.

Afinal, tendo esta clareza podemos entender melhor sobre a permissão que damos para as pessoas nos afetarem. A ideia é que sejamos sim donos de nossas vidas, não importa se o outro ache o contrário.

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