Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Olhares Cotidianos

Olhares Cotidianos

Colunista

Não normalize os esforços daqueles que estão ao seu lado

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (01)

Sátina Pimenta | 01/02/2024, 10:32 10:32 h | Atualizado em 01/02/2024, 10:32

Imagem ilustrativa da imagem Não normalize os esforços daqueles que estão ao seu lado
Valorizar as pessoas que estão conosco é essencial |  Foto: © Divulgação/Canva

Já vi muita gente nas redes sociais e na vida reclamarem que estranhos torcem mais por eles do que aqueles que estão por perto. Nas redes podemos materializar isso com empreendedores, que ainda estão engatinhando, quando reclamam que os amigos e familiares não curtem ou compartilham seus feitos, ou seja, não os encorajam, enquanto um monte de desconhecidos está lá incentivando-os. 

Por qual razão isso acontece? Vou usar uma palavra clássica da psicologia: depende! Às vezes, é porque as relações que deviam ser mais íntimas estão corroídas pelos dilemas do dia a dia e o afastamento cria a ausência ou pior, o não reconhecimento. Todavia, existe outra possibilidade: eles podem começar a achar normal! 

Eu lembro que quando eu era mais nova e estudava na Escola São José de Vitória, eu era destaque em tudo que fazia. Era a bailarina da banda da escola, a capoeirista prodígio e até prêmio do Rotary Clube do Espírito Santo eu ganhei. Eu me esforçava muito para tirar notas boas que me rendiam bananas-split e passeios muito legais. Com o tempo, o meu esforço foi se tornando “normal” e as comemorações diminuíram.

Atualmente, a frase “não fez mais que sua obrigação, afinal só estuda” permeia o universo educacional de forma grandiosa e as conquistas deixam de ser comemoradas como deveriam ser.

Duas coisas podem acontecer: as crianças e os adolescentes não são reforçados em seu comportamento e passam a não ver sentido em mantê-lo ou se veem obrigados a fazer mais – mesmo que isto lhes custe a saúde física e mental – para serem reconhecidos pelos seus. Nada bom, né?! 

De verdade, existe uma zona de conforto e segurança nas relações primárias (pais, familiares e amigos) e esta zona nos leva a parar de dizer que nos sentimos orgulhosos e que amamos quem está ao nosso lado, pois afinal “eles já sabem”. 

É justamente esta zona que, inclusive, nos faz ser mais duros e até mesmo arrogantes com estes do que com nosso colega de trabalho – mesmo que, às vezes, você queira que ele suma da sua frente. 

A sensação de que eles sempre estarão lá nos faz esquecer que eles estão lá! Mas a vida em conjunto com a morte já nos provaram que isto é uma mentira. 

Erramos e erramos muito feio neste ponto. Pois, em uma lógica sistêmica, quando os elementos que compõem esta rede (familiar ou fraternal) estão bem individualmente, os outros são influenciados por isso. Então, se tem uma amiga que está lá todos os dias na rede dando “bom dia comunidade” e colocando a cara para bater, tudo isso para vender o melhor brigadeiro gourmet inbox da cidade! Tire um pouco do seu tempo e vá lá incentivá-la! Ela será grata e a consequência da gratidão é a entrega de amor! Todo mundo ganha.

Portanto, vou lançar um desafio! Que deixemos de normalizar a luta e as conquistas dos nossos. Tire um tempo e vá reverenciar os guerreiros e guerreiras que estão na trincheira. Grande quinta!

Ficamos felizes em tê-lo como nosso leitor! Assine para continuar aproveitando nossos conteúdos exclusivos: Assinar Já é assinante? Acesse para fazer login

SUGERIMOS PARA VOCÊ: