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Olhares Cotidianos

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Colunista

Afinal, todo mundo mente?

Coluna foi publicada nesta quinta-feira (04)

Sátina Pimenta | 04/04/2024, 11:23 11:23 h | Atualizado em 04/04/2024, 11:23

Imagem ilustrativa da imagem Afinal, todo mundo mente?
Sátina Pimenta é psicóloga clínica, advogada e professora universitária |  Foto: Heytor Gonçalves / AT

Esta semana comemoramos em 1º de abril o Dia da Mentira. Mas, já sabemos que é uma mentira que só neste dia ela está presente, né?! Quando pensamos sobre a mentira, sabemos que ela faz parte do nosso contexto social e que muitos de nós, quiçá todos, mentimos. Porém, por que mentimos?

A psicologia explica que a mentira é um fenômeno multifacetado, ocasionado por diferentes fatores e motivações. A maioria das motivações são relacionadas ao sujeito, àquilo que ele ganha com a ausência da verdade. Afinal, a mentira pode ser uma ação ou omissão.

A pessoa pode mentir para se defender, evitando punições, críticas e constrangimentos que poderá sofrer ao revelar a verdade. Nas redes sociais, isto é muito claro. A maioria dos internautas apresenta sua imagem e reputação da maneira que acredita se ilibada, mas sabemos que a vida não é um mar de rosas e que ninguém é santo.

Outro motivo para a mentira é a ganho pessoal. Eu me beneficio da mentira! Esses benefícios podem ser desde financeiros, sociais e até relacionais.

Ou você nunca viu alguém mentir em uma entrevista de emprego sobre competências e habilidades que possuía?

O altruísmo também é indicado como fator motivador. Aqui são chamadas de “mentiras brancas”. Um grande exemplo disso é quando alguém mente para o enfermo em relação à doença avançada, alegando que pretende proteger aquela pessoa da dor que a verdade poderia trazer.

Deixamos claro que no Brasil o Direito Médico determina que todos os profissionais da saúde devem apresentar todas as informações sobre o quadro clínico aos seus pacientes. Ou seja, eles não podem mentir para confortar ninguém.

Eu posso também mentir para mim mesma! Seria então um autoengano. Posso dizer para mim que não me importo com algo que fizeram comigo, para então me proteger da dor da decepção que a verdade me causará. E para piorar eu posso repetir esta mentira até que ela se torne verdade.

Tudo isso corrobora com a percepção do psicólogo social Robert S. Feldman, da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, que afirma que a mentira faz parte do cotidiano social e que ela possui papel fundamental para a manutenção dos relacionamentos. A maioria deixaria de existir se toda a verdade fosse dita.

Mas e quando a mentira se torna exagerada? Quando o sujeito não consegue dizer a verdade e sempre apresenta informações distorcidas ou até mesmo esdrúxulas sobre a realidade que o rodeia.

Podemos nos atentar a possibilidade da presença de transtornos, como o Transtorno de Personalidade Antissocial e o Transtorno de Personalidade Narcisista. No primeiro, além de outros comportamentos, a mentira pode ser vista como uma estratégia manipular e controlar os outros, haja visto que não há o respeito deste por terceiros.

O estudioso clássico deste transtorno é Robert Hare, que inclusive dá nome ao teste psicológico que o identifica. Já o segundo, os narcisistas, mentem para poderem manter a visão que possuem sobre si. Uma visão grandiosa, cheia de realizações e sem defeitos. Não somos hipócritas em dizer que não mentimos, mas até onde vale esta mentira?

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