Lula se aproxima do funcionalismo público

| 08/08/2022, 10:42 10:42 h | Atualizado em 08/08/2022, 10:42

A campanha de Lula tem se aproximado de categorias do serviço público, insatisfeitas com Jair Bolsonaro. E isso inclui policiais, que esperavam tratamento diferenciado do presidente e se frustraram após a última tentativa, sem êxito, de conseguirem reajuste salarial.

Principal interlocutor desses grupos, Aloizio Mercadante se reuniu com representantes de mais de 30 categorias no mês passado e agora organiza encontros segmentados. O PT promete recriar a mesa de negociação permanente com servidores, que entrou em desuso no fim do governo Dilma Rousseff e acabou extinta sob Bolsonaro.

Não há compromisso com valores e petistas têm dito que a prioridade em 2023, caso Lula seja eleito, são gastos sociais.

Esperança. Representantes dos servidores, por sua vez, creem que é possível negociar recomposição de perdas salariais decorrentes da inflação, estimadas em 34%, a partir de 2024.

QI. Policiais federais têm outras demandas, como a indicação por lista tríplice e o mandato fixo para diretor-geral, além de outros anteparos contra a interferência política. Uma das queixas é a de que até a nomeação de diretores de níveis inferiores estão passando por uma peneira fina na Casa Civil.

CLICK. Em agenda de campanha, Simone Tebet, presidenciável do MDB, brindou com saquê, no Okinawa Festival, tradicional festa da comunidade japonesa, na Vila Carrão, em São Paulo.

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Desilusão. Em 2018, o bolsonarismo se misturou à pauta anticorrupção, tema que é caro à PF. Agora, perdeu fôlego principalmente nos estratos inferiores da polícia, por restrições orçamentárias que estão afetando operações e por episódios como o afastamento do delegado Bruno Calandrini, que denunciou pressão política quando investigava o escândalo no MEC.

Salada. Partido da base de Bolsonaro, o PP do Ceará briga na Justiça para apoiar Elmano Freitas (PT) ao governo. O diretório estadual obteve liminar para manter a aliança com o candidato de Lula, aprovada em convenção, após a executiva nacional proibir composições regionais com o PT.

Alerta. A campanha de Bolsonaro está preocupada com o tempo de TV que terá no horário eleitoral, inferior ao de Lula. Será pouco para se defender de críticas ao governo. Integrantes da equipe querem que a propaganda seja ainda uma forma de "furar a bolha" para buscar eleitores fora do bolsonarismo raiz.

Sinergia. Aliados do presidente esperam contar com a ajuda de outros candidatos, como Soraya Thronicke (União) e Ciro Gomes (PDT), que podem voltar suas baterias contra Lula. Se isso ocorrer, haverá mais equilíbrio nessa arena, dizem.

Quero... Não só políticos e jornalistas, mas também empresários buscam informações sobre o comportamento que podem ter os militares na eleição deste ano e se há risco de um golpe de Jair Bolsonaro com o apoio das Forças Armadas.

…Saber. Conhecedores do clima na caserna, como o ex-ministro da Defesa Raul Jungmann, estão sendo procurados por grandes empresas para dar sua visão. Até agora, eles têm negado o risco de apoio dos militares a uma tentativa de ruptura.

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PRONTO, FALEI

"Não é falar mal do Bolsonaro. Fiz críticas pontuais lá atrás. A briga com a China foi um desastre para nós. Vou mostrar o que foi feito (de positivo) nos governos do PT.” Neri Geller, candidato ao Senado (PP-MT)

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