Bancada da bala é o pote de mágoa da vez
Conforme se aproxima do Centrão e do ultrajado “presidencialismo de coalizão”, Jair Bolsonaro segue colocando litros de mágoas nos potes de antigos aliados. O líder da “bancada da bala”, Capitão Augusto (PL-SP), por exemplo, não vai mais insistir em uma das principais agendas da frente: a criação do Ministério da Segurança Pública.
“Desisti de vez. Se tivesse um partido interessado na área, poderia ser (criado), como o (Gilberto, presidente do PSD) Kassab pegou Comunicações. Mas ninguém quer Segurança Pública, não tem orçamento.”
Tem mais. Augusto, aliado de primeira hora de Bolsonaro, disse que “quase” não reconhece mais o presidente. A mais recente decepção, assim como ocorreu com a “bancada da Bíblia”, foi com a indicação de Kassio Marques ao STF.
BBB. A “bancada do boi”, por ora, não tem do que reclamar A Frente Parlamentar da Agricultura, com Tereza Cristina à frente da pasta, passou os últimos dias distante dos desentendimentos com o Planalto.
Ainda... Parlamentares empenhados na articulação do Renda Cidadã alertam: ideias até agora supostamente rejeitadas como fonte de financiamento do programa, entre elas a de usar os precatórios ou parte do Fundeb, por exemplo, podem voltar com força após as eleições municipais.
...pulsa. A avaliação é de que hoje elas estão escanteadas para não desgastar candidatos e parlamentares, porém, sem a pressão das urnas, algumas soluções impopulares serão mais facilmente debatidas.
Eita! Enquanto João Campos (PSB) olha pra trás e não vê adversários no seu encalço, a disputa pela prefeitura do Recife revive antigas rivalidades entre o PT e o DEM, entre Lula e Bolsonaro com Marília Arraes e Mendonça Filho, embolados no segundo lugar das mais recentes pesquisas.
Painhos. Após ter sido acusada de esconder o PT na campanha, Marília postou foto com Lula, que já ensaia baixar no Recife para ajudá-la na busca de votos. Enquanto isso, o ex-ministro da Educação de Michel Temer tem música que diz: “Mendonça é Bolsonaro, Bolsonaro é Mendonça”.
Menos, pessoal. Auxiliares próximos a Jair Bolsonaro se incomodam com o que chamam de “uso indevido” da imagem do presidente no material de candidatos País afora. São poucos, ao menos por enquanto, os que contam com o real apoio dele ou do Planalto.
Dentro. Enquanto Paulo Guedes vive dias duros no governo federal, outro expoente do pensamento liberal na economia, Hélio Beltrão, do Instituto Mises Brasil, topou o desafio de ser o “Posto Ipiranga” do candidato Arthur do Val (Patriota) à Prefeitura de SP.
Uma boa... Marina Bragante (Rede), Samuel Emílio (PSD), Adriana Vasconcellos (PCdoB) e Chico Rubens Paiva (PSB), todos candidatos à Câmara Municipal de São Paulo, se uniram para criar a “Coalizão Campanha sem Covid-19”.
...ideia. O objetivo é garantir regras justas e seguras para os times de voluntários e contratados das campanhas. “Os candidatos se comprometeram a evitar ao máximo reuniões, comícios e eventos públicos presenciais, focando suas campanhas quase que 100% de forma online”, diz Emílio.