Serra quer liberar construção de prédios mais altos na cidade

| 07/05/2021, 14:42 14:42 h | Atualizado em 07/05/2021, 14:54

srcset="https://cdn2.tribunaonline.com.br/prod/2021-05/372x236/em-jacaraipe-uma-das-preocupacoes-e-evitar-o-sombreamento-da-praia-04c5fd06e248f38dda79e32260135f2f/ScaleUpProportional-1.webp?fallback=%2Fprod%2F2021-05%2Fem-jacaraipe-uma-das-preocupacoes-e-evitar-o-sombreamento-da-praia-04c5fd06e248f38dda79e32260135f2f.jpeg%3Fxid%3D172192&xid=172192 600w, Em Jacaraípe,  uma das preocupações é evitar o sombreamento da praia

O município da Serra poderá ganhar prédios mais altos a partir de 2022. A liberação virá com o novo Plano Diretor Municipal (PDM) – lei que determina regras para o crescimento organizado da cidade.

Atualizado a cada 10 anos, o PDM terá uma nova versão a partir do segundo semestre do próximo ano, pela previsão da Prefeitura da Serra. O documento já está sendo elaborado por técnicos do município e vai passar por debates com moradores e vereadores.

Um dos principais pontos da nova lei é tornar a cidade mais verticalizada, com prédios mais altos. “A Serra é um município que cresceu de forma horizontal, muito espalhada. Temos de ocupar áreas urbanas que já estão consolidadas, com uma boa estrutura”, explicou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, Cláudio Denicoli.

O objetivo é atrair novos investimentos em áreas já urbanizadas e com boa infraestrutura viária. “Não queremos mais expandir o município. Temos de ocupar as áreas, aumentar a receita sem ter gastos. Em Laranjeiras, não podemos ter um índice (altura dos prédios) pequeno, pois não viabiliza as construções”, disse Cláudio.

As regiões às margens da BR-101 também devem ganhar a permissão para prédios maiores. Isso porque a rodovia vai se transformar em uma avenida quando o Contorno do Mestre Álvaro estiver pronto. “É um local que hoje não tem moradia, mas já possui estrutura, inclusive viária, o que não traria problema de engarrafamento”, ressaltou o secretário.

Para o mestre em Arquitetura e Urbanismo Antônio Chalhub, a verticalização é a melhor forma de ocupação do solo.
“A economia de recursos públicos para infraestrutura urbana é garantida quando temos maior densidade de população em áreas concentradas e verticalizadas”.

O aumento da altura dos prédios será em toda a cidade, mas há possibilidade de manutenção dos índices atuais no litoral. “Precisamos de atenção em algumas áreas, como Manguinhos, que é um bairro muito residencial, e Jacaraípe, para evitar o sombreamento da praia”, ressaltou o secretário.

Presidente da Associação de Moradores de Manguinhos, Guilherme Lima concorda que o bairro deva seguir com limitações. “Manguinhos é um local baixo e, então, corremos o risco de ter sombra na praia após as 15h, como em Vila Velha”.

Sem construções no Méstre Álvaro

A Prefeitura da Serra pretende evitar construções na região do Contorno do Mestre Álvaro. A via é um novo trecho da BR-101, que está sendo construída para tirar o fluxo de veículos no atual trecho da rodovia federal entre Serra-Sede e Carapina.
A previsão é de que a obra seja concluída no segundo semestre deste ano, de acordo com o governo federal.

A expectativa da prefeitura é de que o novo Plano Diretor Municipal (PDM) vete construções ao longo da rodovia.

“Não queremos aumentar a área urbana do município. Além disso, há a sensibilidade ambiental na região, com um ecossistema importante para o município. Temos de ter muita responsabilidade do que pode ou não ser construído ali”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente da Serra, Cláudio Denicoli.

A diretriz do novo PDM é de que a área não seja ocupada, mas isso ainda será debatido com os moradores e vereadores durante os próximos meses.

Segundo Cláudio Denicoli, o documento do novo Plano Diretor Municipal deve ficar pronto em junho para que comece a ser debatido.

“Não será uma imposição, pois vamos debater, mas também vamos defender nossa proposta”, disse o secretário.

“Vamos dividir essa responsabilidade para ver o que colocar ali. Já temos diversas outras áreas para a indústria e moradia. Aumentando mais a malha urbana, aumenta o custeio do município e reduz o investimento. Temos que ocupar o que existe hoje”, defendeu.
 

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